Marília

Saúde investiga morte por leishmaniose em Marília e anuncia ações de controle

Saúde investiga morte por leishmaniose em Marília e anuncia ações de controle

Uma mulher de 81 anos, moradora da zona Sul, faleceu nesta segunda-feira (21) no Hospital das Clínicas com suspeita de leishmaniose visceral, agravada por outros quadros, como hipertensão arterial e diabetes.

A morte da paciente acendeu alerta nos serviços de controle e prevenção de casos. A Secretaria Municipal de Saúde divulgou na tarde desta terça-feira um comunicado sobre intensificação das medidas de fiscalização na cidade.

A doença é transmitida pelo mosquito-palha e tem em cães o hospedeiro original. A rede municipal de saúde enfrenta o vetor esde 2011, ano em que houve a primeira transmissão em humano na cidade.

“A partir de agora passaremos a divulgar boletins mensais com o monitoramento da doença e já estamos intensificando todo o trabalho preventivo. Além disso, necessitamos da cooperação da população eliminando toda e qualquer matéria orgânica dos quintais, limpando seus terrenos e evitando a criação de animais, como galinhas e porcos, pois todas estas circunstâncias atraem o mosquito-palha”, afirmou Hélio Benetti, secretário municipal de Saúde.

A leishmaniose tem tratamento e cura. Em 2016, foram identificados sete casos em humanos na cidade. Com exceção da morte suspeita registrada nesta semana, os outros 6 pacientes já superaram o sintoma e, após atendimento médico passam bem, livres da doença.

O acompanhamento médico inclui os especialistas do Ambulatório Mário Covas. A investigação da morte suspeita conta com equipes técnicas da Vigilância Epidemiológica de Marília e também por profissionais do Hospital das Clínicas (HC).

O grupo de trabalho de leishmaniose, montado no começo deste ano, conta com o envolvimento estratégico de profissionais da atenção básica, da Vigilância Epidemiológica e da Divisão de Zoonoses.

“São médicos, médicos veterinários, enfermeiros, auxiliares de Enfermagem, cirurgiões-dentistas e agentes de endemias que, de forma periódica e sistemática, desenvolvem ações e avaliam a situação do município no que se refere às medidas de controle da leishmaniose visceral”, explicou a supervisora da Vigilância Epidemiológica, Alessandra Arrigoni Mosquini.