Marília

Fica Oficina, plano de carreira e tristezas na black fryday

Vigiar e Punir, espetáculo em circuito de teatro que passou por Marília
Vigiar e Punir, espetáculo em circuito de teatro que passou por Marília

A oficina cultural, que o governador Gerado Alckmin vai levar embora de Marília e todo o interior, é um serviço de vanguarda e possibilidades únicas em cidades com pouca ou nenhuma iniciativa cultural decente, especialmente espaço para artistas e aprendizes de arte.

A oficina cultural ou qualquer projeto que a pudesse substituir deveria não só manter o modelo mas levar aos bairros, criar mais espaços e permitir que arte, cultura e artistas possam ser revelados e atrair público em seus bairros, com mais alternativas.

Mas Geraldinho vai mesmo fechar a oficina e a justificativa é falta de dinheiro. Dane-se a suspeita de que fortunas sumiram em contratos suspeitos do metrô e obras faraônicas, dane-se o que se gasta com publicidade, mordomias  e cargos.

A oficina cultural some sem que haja no cenário qualquer perspectiva de projeto mais abrangente ou igual para ocupar e ampliar o que ela já fez.

Não é mesmo um tempo bom para artes e cultura. O Ministério é palco de escândalo e de acomodação política. Os investimentos caem. Os que denunciavam mal uso da Lei Rouanet são flagrados bancando festas e farras corporativas que ganham msmo status de shows, peças, livros, discos. E não há uma camisa amarela na rua contra nada disso.

Os artistas, ideias e a arte perdem espaços, assim como o pensamento intelectual em geral, basta ver crise das universidades públicas, combate a disciplinas como filosofia e sociologia.

Uma dica: não é pra ter povo mais informado e nem mais envolvido que eles fazem isso. Então por que será?

Ainda o plano

O Plano de Carreira mal divulgado e nada discutido já tem, sem muitos holofotes, propostas de mudança da própria prefeitura para corrigir algumas linhas tortas. Também tem ideias dos vereadores e pode até conseguir boas correções. Ainda assim segue bem ameaçado de rejeição. Faria bem ao debate de quem defende mostrar os números e a situação caso a caso. Mas faria bem também se a nova gestão, que defende a rejeição, fosse bem clara em dizer quando e como pretende apresentar o seu plano para o setor. Afinal, os servidores precisam de um.

Black fryday, triste fryday na cidade

Uma advogada de Marília, dessas famílias que fazem a gente ter orgulho de viver na mesma cidade, conta que estava em supermercado no dia da black fryday e foi surpreendida por um nobre parlamentar de nossa Câmara que tomou de suas mãos – isso mesmo, pegou da mão dela – uma caixa de sabão em pó na promoção. A advogada não transformou o caso em escândalo, não permitiu baixaria e não divulga o nome do vereador, nem se ele for preso por escândalos com dinheiro público nos próximos dias.