A Unimar (Universidade de Marília) fez na noite desta terça-feira a formatura da sexta turma do curso gratuito de Libras, a linguagem de sinais, que permite comunicação com surdos e mudos e ganha público a cada ano.
O evento, que uniu momentos de muita emoção e demonstração de talento e dedicação, apresentou ainda projeto da universidade para tonar a iniciativa cada vez maior e de maior impacto na coletividade.
Além da sexta turma do curso básico foi formada a quinta turma do intermediário, além de uma turma de alunos e profissionais dos cursos de Saúde da Unimar.
A Pró-Reitora de Ação Comunitária da Unimar, Fernanda Mesquita Serva, diz que a instituição tem muita vontade de levar o curso de libras a diferentes áreas da graduação e atrair mais alunos para os cursos abertos à comunidade.
“Temos vontade de crescer mas também que as empresas façam parte com a capacitação de funcionários, que a gente tenha a participação dos serviços públicos. É uma honra poder dar essa formação em uma área tão importante de inclusão social”, destacou.
O Pró-Reitor de Pesquisa e Pós-Graduação, Jefferson Aparecido Dias, lembrou que a legislação de inclusão social no país é uma das mais modernas do mundo, mas a realidade está muito longe das leis, mesmo em serviços como a Justiça e Ministério Público. “E por isso fico muito feliz de estar aqui e ver tantas pessoas estejam aqui para esse curso.”
O curso é coordenado pela professor Célia Pavarini, uma advogada que abandonou a área de direito para dedicar-se à Libras. Já cursou letras com especialização em Libras e agora estuda pedagogia. Está há 16 anos na área.
“A Libras é um idioma, oficializado e que sofre até regionalização, assim como a Língua Portuguesa”, explica. Ela avalia que existam em torno de 4.500 pessoas rudas ou com deficiências que dependam da comunicação por Libras na cidade.
O curso já existe como disciplina regular na gradução em pedagogia. Alunas do quarto termo do curso apresentaram uma música em sinais durante a formatura. Alunos dos níveis básico e intermediário também apresentaram canções. Larissa Harume, surda e voluntária na orientação dos alunos, recebeu homenagens da turma e fez um agradecimento à Unimar pela iniciativa.
O terapeuta Antonio Sérgio da Silva não é uma delas, mas mesmo assim foi fazer o curso e já chegou ao intermediário. “O curso é muito bom, a didática é muito boa e este ano ainda tivemos as participações de dois surdos na orientação, o que tornou muito melhor.”
A Unimar abre a partir de janeiro cadastro para interessados em fazer as novas turmas de libras e as aulas devem começar em março. Os interessados devem procurar o Nipex (Núcleo Integrado de Pesquisa e Extensão) no Bloco 2 da Universidade.