Nacional

Juiz condena Elize Matsunaga por matar dono da Yoki

Juiz condena Elize Matsunaga por matar dono da Yoki

Após sete dias de julgamento, a  bacharel em direito Elize Matsunaga, 35, foi condenada a 19 anos, 11 meses e 1 dia de prisão pela morte do marido, Marcos Kitano Matsunaga, diretor da Yoki alimentos, em maio de 2012.

O julgamento terminou na madrugada desta segunda-feira e considerou Elize culpada por homicídio sem chances de defesa para a vítima e ocultação e cadáver.

O crime aconteceu no apartamento em que o casal vivia na zona oeste de São Paulo. Elize atirou na cabeça do empresário e depois esquartejou o corpo e jogou os pedaços de forma separada na periferia de São Paulo.

Elize já cumpriu quatro anos da pena. Ela retornou ao presídio de Tremembé, onde aguardava julgamento. A defesa anunciou que vai recorrer para mudar a sentença. O Ministério Público não deve recorrer.

“Foi um julgamento justo e ela merecia aquilo que a sociedade reconheceu. Se recorrermos a pena não será muito maior. Não estou satisfeito. Estou satisfeito porque a justiça foi aplicada. Ela cometeu um crime hediondo, um assassinato frio. A meu ver a pena deveria ser entre 19 a 25 anos. Vou pensar se a gente vai recorrer”, disse o promotor José Cosenzo.

O júri foi formado por quatro mulheres e três homens. O último ato do julgamento foi o depoimento de Elize no domingo. Foram mais de seis horas de depoimento mas ela se recusou a responder às perguntas da promotoria.

A votação para definir a condenação demorou 2h30. O juiz Adilson Paukoski leu a sentença às 2h07 desta segunda-feira.

Elize foi ré confessa no processo. A defesa sustenta que ela atirou para se defender das agressões dele durante uma discussão. Segundo ela, ele morreu na hora.

A promotoria diz que o tiro foi premeditado, assim como o desmembramento do corpo e que Elize teria até usado serra elétrica no trabalho.

O motivo do crime também gerou controvérsia. Para a defesa, foi uma reação à descoberta de que o empresário vinha saindo com uma prostituta. Para a promotoria, Elize queria ficar com o dinheiro do marido.