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Operação prende prefeito eleito e vereadores em cidade paulista

Vereador Ventura deixa delegacia para exame no IML – Agencia Brasil
Vereador Ventura deixa delegacia para exame no IML – Agencia Brasil

O prefeito eleito de Osasco, Rogério Lins (PTN), que atualmente é vereador do município, teve o mandado de prisão preventiva expedido pela Operação Caça-Fantasmas. Outros 13 vereadores também são alvos de prisão preventiva.

Os detidos estão sendo levados para a Delegacia de Investigações sobre Entorpecentes e para a Delegacia de Investigações Gerais, ambas em Osasco.

A operação, deflagrada em agosto de 2015 pelo Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco), tenta desestruturar um esquema de funcionários fantasmas, além da captação de dinheiro de parte do salário de assessores dos vereadores. Estima-se que foram desviados R$ 21 milhões.

A denúncia é contra 217 pessoas, entre vereadores, assessores e fantasmas. Foram cumpridos 73 mandados de busca. Mais de 200 pessoas foram afastadas, cautelarmente, de seus cargos a pedido do Ministério Público de São Paulo.

Lins afirma, em comunicado divulgado à imprensa, que “desconhece as razões que fundamentaram a decisão do Poder Judiciário, e que jamais compactuou com qualquer prática lesiva ao patrimônio público e à sociedade. Nunca praticou crime e nunca fez parte de organização criminosa”.

Na nota, o prefeito eleito diz ainda que ele e seus assessores prestaram esclarecimentos sobre o caso quando convocados pelo Ministério Público. “Não bastasse isso, todos os funcionários lotados em seu gabinete foram intimados pelo Ministério Público, e apresentaram informações/defesas por escrito, acompanhadas de documentos comprobatórios do fiel desempenho das funções, não havendo qualquer fraude, ou ato ilícito que possa induzir ao conceito de crime”, acrescenta.

Ao deixar a delegacia, o vereador Valdomiro Ventura (PTN) também negou se apropriar de parte dos salários dos assessores ou manter funcionários fantasma. “Todos os meus funcionários trabalham normalmente. Eu nunca peguei um centavo do salário deles”, afirmou, enquanto era escoltado para a viatura que o levaria ao IML. “Eu não sei porque nós estamos sendo presos. Nós fomos convocados para prestar esclarecimento e fomos”, disse.