A cidade e o lixo

Era uma cidade que parou no tempo dos coronéis, no início da República, quando ainda quando o voto era de “cabresto” e governada de forma patriarcal. Sempre escutei coisas horríveis sobre a administração desde o tempo em que o pai a governava e depois, quando o filho passou a governá-la. As poucas coisas boas realizadas por eles como “o tapa buracos” ou programa de recapeamento do asfalto, novas UPAs, o ensino municipal de boa qualidade e reformas de praças é obrigação de qualquer prefeito.

Agora, parar a coleta de lixo por causa da crise, deixar um rombo de mais de 300 milhões segundo algumas mídias da cidade para o próximo prefeito eleito, lançar um plano de carreira para os servidores sem ter dinheiro para pagar. Aliás, nem será a sua administração que irá pagar, somente para amenizar o desastre causado aos servidores e só perdeu graças a Deus as eleições desse ano justamente por não olhar para os servidores é muito complicado.

A forma melancólica, caótica e desanimadora que essa administração vai terminando reflete o que foi o prefeito. Uma figura que só sabe aparecer e conversar com o povo na hora que lhe convém. Frequenta sim e com maestria as melhores casas de gastronomia da cidade, não que isso seja proibido, mas pelo menos não faça de conta que a cidade que ele deixa está uma maravilha que não está.

Nesta quarta-feira tive o prazer e o desprazer de presenciar um cidadão jogando lixo em frente à prefeitura. Prazer pelo fato que ninguém aguenta mais tanta sujeira pela cidade. O abandono está total e tem mais é que fazer isso mesmo. Porém, não jogar lixo em frente à prefeitura, mas sim, dentro dela. Se possível no gabinete do prefeito. O desprazer vai pelo fato que apesar de tudo isso, há ainda gente que irá votar em candidatos dessa família, seja no filho ou no pai. Só espero que para o bem da cidade, ambos não tentem atrapalhar o novo governo que vem por aí.