A história desse país está repleta de golpes desde seu descobrimento. Haja visto que a América foi descoberta em 1492 e o Tratado de Tordesilhas promulgado em 1494. Ou seja, Portugal já sabia que a porção de terra descoberta por Colombo era muito maior do que os espanhóis pensavam e com o Tratado que concedeu em 1500 o Brasil aos portugueses, deu-se o primeiro golpe da nossa história direta ou indiretamente.
Em 1840, os Liberais deram um golpe nos conservadores e com o apoio da imprensa e clamor popular defenderam e anteciparam a maioridade de D Pedro II no episódio que ficou conhecido como o Golpe da Maioridade. Era o fim do Período Regencial e início do Segundo Reinado ou Império que só terminaria com outro Golpe em 15 de novembro de 1889 quando o Marechal Deodoro da Fonseca derrubaria a Monarquia.
Com Vargas viria a Revolução de 30 e depois o Golpe do Estado Novo em 1937 que o manteria no poder até 1945. Em 1964, o Golpe de todos os golpes que iria terminar com o governo democrático de Jango e jogar o país em uma agonia que iria durar 21 anos. A Direita de então, com apoio de grande parte da imprensa, dos industriais e das famílias conservadoras só iriam perceber o erro em dezembro de 1968 com o AI-5. “O Golpe dentro do Golpe”. Já era tarde e todos pagaram muito caro.
Por falar em pagar caro, para a esquerda, intelectuais, estudantes, professores e simpatizantes, esse ano ocorreu um outro Golpe com o impeachment da então presidente Dilma. Não pelas tais “pedaladas” ou outras irregularidades que seu governo tenha realizado, mas sim, pelo péssimo momento econômico que o país vivia.
Hoje, com o então presidente (vice na época) Temer, a coisa está pior, a governabilidade e mais frágil que a época do Jango, e economia está pior que a época da Dilma. Sem falar do fracasso que vive o STF. Não há dúvidas que se esse governo não melhorar a economia e rápido, irá ocorrer no próximo ano para alguns (situação) um novo Golpe