Marília

Câmara parcela dívidas milionárias de obra e saúde; sessão tem bate-boca

Presidente da Câmara, Herval Rosa Seabra – Will Rocha/Câmara de Marília
Presidente da Câmara, Herval Rosa Seabra – Will Rocha/Câmara de Marília

A Câmara de Marília aprovou parcelamento de quatro débitos milionários em herança de dívidas deixada pelo prefeito Vinícius Camarinha (PSB) para o prefeito eleito Daniel Alonso (PSDB). Não há valores definidos de todo o rombo parcelado.

Foi aprovado o parcelamento dos débitos com a Replan, responsável por obras terceirizadas em diversos serviços na cidade. Também serão parceladas as dívidas com hospitais e manutenção de atendimento básico de saúde, uma dívida que Daniel Alonso já iria herdar de qualquer forma.

Sâo valores de serviços terceirizados de atendimento na rede de saúde e na UPA da Zona Norte, prestados pela Associação Gota de Leite e pelo Hospital Universitário da Unimar, além de dívidas por procedimentos realizados pela Santa Casa.


A Prefeitura tentava votar parcelamento de seis dívidas, incluindo falta de pagamentos ao Ipremm e os débitos com a Monte Azul, responsável pela coleta de lixo na cidade. Mas estes dois primeiros projetos foi adiada a pedido do vereador Wilson Damasceno (PSDB) que aproveitou racha na base governistas.

Após o segundo adiamento, o vereador governista e presidente da Câmara, Herval Rosa Seabra, suspendeu a sessão sob alegação de problemas com equipamentos. No retorno, a votação dos débitos com a Replan foi aprovado.

O vereador Marcos Custódio (PSC), que votou contra Vinícius nos dois primeiros projetos, voltou a decidir com a base e rejeitou o adiamento.

Pouco antes da votação, o prefeito eleito divulgou mensagem em que criticou os parcelamentos, que são confissões de dívidas e impedem que a próxima gestão faça qualquer negociação dos valores ou levantamento sobre as causas da dívida.

“Durante todo o governo e campanha eleitoral do atual prefeito foi dito que as contas estavam em dia, situação que não condiz com a realidade com esses parcelamentos sendo votados hoje a toque de caixa.”

Os vereadores já aprovaram o parcelamento  da dívida do Daem com a CPFL, na faixa de R$ 13 milhões, e com a Unimed, em torno de R$ 5 milhões.

Os projetos adiados estarão liberados em cinco dias a contar desta sexta-feira e dependem da convocação de uma nova sessão extraordinária para retornar à discussão e votação.

DISCUSSÃO

A liberação, votação e discussão dos projetos contou com discursos inflamados e um bate-boca entre Herval e o vereador Mário Coaríni (PTB), que discursava com acusações de corrupção e desvios de recursos quando foi interrompido por Herval. Veja o vídeo abaixo


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Coraíni – “Eu vou falar, não me interrompa”
Herval – “Não admito que vossa excelência fale assim com a presidência”
Coraíni – “Eu também não admito”
Herval – “Vai falar dentro do projeto, de acordo com nosso regimento”
Coraíni – “Eu sou observador de regras, não sou você”
Herval – “Assim fosse”
Coraini – “Vamos parar por aí. Vamos parar que você sabe onde que vai chegar”
Herval – “Cê que sabe!”