Uma sessão extraordinária com apenas sete dos 13 vereadores, sem vereadores da oposição e sem três dos atuais governistas, aprovou na tarde desta terça-feira o parcelamento de duas dívidas milionárias e salvaram o prefeito Vinícius Camarinha (PSB) de encerrar o mandato com rombo ilegal nas contas.
Foram aprovados os projetos para parcelar as dívidas com repasses patronais para o Ipremm, o Instituto de Previdência do Município, e o calote nos serviços de limpeza realizados pela empresa Monte Azul, que desde o começo do ano não recebe pela coleta e transbordo de lixo.
Os vereadores Cícero do Ceasa (PV), Mário Coraíni Júnior (PTB), Wilson Damasceno (PSDB), da oposição, e os governistas Marcos Custódio (PSC), José Menezes (PSL) e Samuel da Farmácia (PR) não compareceram. Os quatro primeiros estão reeleitos e estarão na Câmara durante a gestão de Daniel Alonso.
Herval Seabra (PSB), Sônia Tonin (PSC), Silvio Harada (PR), José Bassiga (PHS), Expedito Capacete (DEM), Luiz Eduardo Nardi (PR) e Marcos Rezende (PSD) – apenas os dois últimos foram reeleitos – estiveram na sessão e aprovaram os projetos.
A aprovação não muda muito para a próxima gestão, que de qualquer forma herdaria o rombo e a necessidade de pagar o Ipremm e a empresa.
Mas a medida muda a vida de Vinícius Camarinha, que não poderia terminar a gestão com restos a pagar como débitos, um déficit que provocaria complicações futuras na análise de contas do atual prefeito.
Não há informações claras sobre os valores das dívidas, como no geral não há qualquer informação sobre o tamanho do rombo nas contas.
A Câmara aprovou ainda o Plano Plurianual para investimentos públicos até 2020 e o projeto que estabelece as diretrizes para elaboração do orçamento de Marília.