A Prefeitura de Marília publicou no Diário Oficial desta quarta-feira aditivo contratual com data retroativa a 12 de dezembro para renovar por mais um ano o contrato com a empresa Monte Azul para transbordo do lixo de Marília.
O aditivo tem a data de vencimento do contrato, que já não vem sendo cumprido há meses por falta de pagamento. A empresa paralisou atividades e espera receber a partir de janeiro parcelas para pagamento da dívida, que pode passar de R$ 8 milhões.
Sem o transbordo, a cidade criou um novo lixão irregular, um problema que não existia desde 2011, e já acumula multas da Cetesb por causa do depósito indevido do lixo.
Além do contrato para transbordo, a prefeitura também mantém contrato para coleta de lixo e varrição nas ruas, uma medida que de forma indireta privatizou os serviços, sucateou e esvaziou a estrutura municipal de limpeza.
Como a prefeitura não paga pelos serviços desde o começo do ano, a empresa retirou sãs equipes e a estrutura defasada da administração não dá conta de recolher o lixo de forma correta.
Assim, regularizou um contrato que não usa, não paga e pode servir mais para limpar meses de abandono que para promover limpeza adequada, já que a cidade não tem coleta regular.
Uma moradora da zona Oeste postou nesta quarta-feira um vídeo indignado para mostrar que há seis semanas o lixo não é recolhido em sua rua, já na região de chácaras.
Ainda que não seja novidade – o Giro mostrou no dia 16 de dezembro formação de lixões em áreas de chácara urbanizadas – é uma nova região em risco de infestação de mosquitos, disseminação de doenças e moradores que pagam serviços que não recebem.
O novo contrato do transbordo de lixo vale até dezembro de 2017.