A Emdurb (Empresa de Desenvolvimento Habitacional e Urbano) de Marília, responsável pelo gerenciamento do trânsito na cidade, suspendeu nesta quinta-feira o processo de licitação para instalação de 130 pontos de radares e lombas eletrônicas, iniciada na gestão Vinícius Camarinha.
A medida foi tomada um dia antes do prazo previsto para entrega de equipamentos para testes e já era aguardada. O presidente da Emdurb, Rabih Nemer, havia dito antes da posse do prefeito Daniel Alonso (PSDB) que precisaria rever toda a licitação.
No dia 1º de janeiro, pouco antes da posse, Rabih disse a jornalistas no Teatro Municipal, onde ocorreu apresentação oficial do secretariado, que considera 130 pontos de radares um excesso.
Na prática, a licitação projeta 81 locais de instalação, mas com até 130 equipamentos para diferentes usos, como fiscalização noturna. A licitação projeta um investimento de pouco mais de R$ 2 milhões para implantar o sistema.
Prevê um modelo de radares gerenciado de forma terceirizada pela empresa vencedora. E este é outro problema. O atual presidente da Emdurb defende gestão integral pela Emdurb, que já controla serviço como o GAOC, o grupo de agentes de fiscalização e multas na cidade.
“Não queremos uma indústria de multas gerenciada por gente de fora que ganha a partir do sistema. Queremos gestão na cidade e trânsito mais seguro”, disse Rabih.