Educação

Reajuste atende só 9,4% dos professores, diz Apeoesp

Maria Izabel Azevedo Noronha, a Bebel, presidente da Apeoesp
Maria Izabel Azevedo Noronha, a Bebel, presidente da Apeoesp

Um comunicado da Apeoesp (sindicato dos professores da rede estadual) sobre o reajuste de até 10% anunciado nesta segunda-feira diz que apenas 9,4% da categoria serão atingidos e que a medida não representa reposição de perdas e ainda vai achatar e prejudicar professores que estão há mais tempo na carreira.

Segundo o comunicado, o reajuste mínimo para reposição adequada seria de 21% e que a medida não encerra campanha salarial da categoria.

Este reajuste para adequar o piso do Magistério paulista ao piso nacional do magistério causa algumas distorções, de acordo com estudos do Dieese.  Primeiramente, porque é um reajuste a poucos profissionais. Ou seja, a esmagadora maioria dos professores não terá qualquer alteração salarial”, diz o comunicado.

Ainda segundo o sindicato, a forma do reajuste “achata” a carreira da categoria, diminuindo a distância dos vencimentos iniciais e dos vencimentos finais. “O salário de PEB II, que era 59,5% acima do piso em 2008, hoje está apenas 5,1% superior, demonstrando sua enorme desvalorização. “

O texto diz ainda que para o volume geral da categoria o índice de reajuste mantém zero desde 2014. “O reajuste se deu para se adequar o piso à lei do Piso Salarial Profissional Nacional (PSPN). Os reajustes serão pagos na folha de março – retroativo a janeiro de 2017.”

O Sindicato pede que a Secretaria da Educação instale de forma imediata uma mesa de negociação para analisar e atender as reivindicações dos professores. Uma assembléia está marcada para o dia 8 de março para discutir a questão.