Marília

Dívidas ameaçam serviço em escolas; Daniel e Vinícius entram na polêmica

Cuidadoras protestam em frente à prefeitura – Reprodução/TV Tem
Cuidadoras protestam em frente à prefeitura – Reprodução/TV Tem

A herança maldita nas contas provoca nova situação vergonhosa em Marília. Uma empresa terceirizada, que não recebe desde julho do ano passado, anunciou a demissão de 114 cuidadoras de alunos especiais que prestam serviços na rede municipal de ensino. E o que já seria grave ficou pior com jogo político de baixo nível.

A divulgação das demissões estimulou o ex-prefeito Vinícius Camarinha (PSB) a divulgar uma mensagem em que diz ter recebido a notícia de que o prefeito Daniel Alonso (PSDB) demitiu as cuidadoras.  “Dia triste para a educação”.

A publicação detonou uma série de mensagens em ataque e defesa do atual prefeito  do anterior.  Muitas ofensas com pouca informação.

Daniel, que passou o dia em São Paulo para encontros no governo e no Tribunal de Justiça, divulgou um vídeo em rede social para responder e explicar a crise.

Segundo Daniel, a empresa não recebe pagamento desde o ano passado e a prefeitura não deixou empenhos para pagamento destes débitos.

Sem os empenhos a prefeitura não poderia pagar a divida, mesmo se tivesse o dinheiro. O Giro apurou que a divida é de R$ 1,4 milhão e há apenas R$ 600 mil empenhados. A empresa tenta receber pelo menos parte do dinheiro para resolver a crise.

A solução vai depender de um ajuste técnico, jurídico e contábil que pode envolver algumas possíveis soluções, que incluem ideias de maior ou menor tranquilidade.

A empresa pode decidir manter os serviços até ajuste para pagamento, pode deixar o serviço e ser substituída por um contrato emergencial ou  a prefeitura pode ficar sem o atendimento até nova contratação, sem prazo definido.

O anúncio da demissão provocou protestos das funcionárias na porta da prefeitura. Uma comissão de secretários recebeu as cuidadoras e segundo nota oficial apresentou informações técnicas às trabalhadoras.

A situação é muito parecida com a de merendeiras e profissionais de saúde que chegaram a fazer greve em dezembro, no final do mandato de Vinícius, para pressionar a prefeitura a pagar atrasados para manter os serviços.

A confirmar a versão de Daniel, o ex-prefeito não só deixou um rombo financeiro como fomentou o jogo de baixíssimo nível que seguiu sua mensagem.  

Além de conhecer o contrato e a dívida, Vinícius é formado em direito, com especialização em gestão e teria informações técnicas de sobra para falar sobre o contrato e o “dia triste para a educação”. Não falou nada e o dia ficou triste para toda a cidade.

Veja abaixo o vídeo de Daniel sobre o caso

[movie_id#359]