Uma frota sucateada, que tem dez caminhões na oficina, e bairros com situação de caos na coleta de lixo são os argumentos para uma contratação emergencial de caminhões anunciada pela Prefeitura de Marília nesta quarta-feira.
A cidade vai alugar pelo menos quatro caminhões, espera colocar pelo menos dois em circulação até sexta-feira e em cinco dias regularizar coleta em todos os bairros da cidade.
A locação será mantida até que sejam comprados novos caminhões, em licitação que deve ser iniciada nos próximos dias. Hoje a prefeitura tem apenas dois caminhões na coleta.
As informações foram apresentadas em uma reunião na garagem da Prefeitura, com participação do prefeito Daniel Alonso e dos Ricardo Mustafá (Limpeza e Meio Ambiente) e Avelino dos Santos Modelli, o Lino (Obras), além do vereador Marcos Rezende e assessores do prefeito.
Daniel Alonso mostrou caminhões encostados e dados da secretaria sobre condições de reparos. “Vamos arrumar o que pode ser arrumados e o que não puder arrumar vamos leiloar”, disse o prefeito.
Os caminhões dêem ser alugados já a partir de amanhã (dia 2) para início imediato da coleta. “Sem caminhão não tem como regularizar. Mas com os poucos recursos que temos e o que estamos fazendo conseguimos regularizar.”
Além da locação, a prefeitura divulgou que o contrato com a empresa terceirizada Monte Azul está regularizado. A empresa atua em 40% da cidade, como em bairros da zona leste.
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O transbordo do lixo, que é o serviço de transporte para aterros sanitários em outras cidades, também foi retomada. Daniel participou de uma vistoria no lixão formado pela falta do transbordo, que ficou suspenso em 2016 por calote da prefeitura. “Estivemos pela manha vistoria com a Cetesb e já vamos retomar o transbordo até para evitar multas diárias pelo lixão irregular
CAOS
Bairros de diferentes regiões da cidade acumulam dias sem coletas. Na zona norte são dez dias sem fazer a limpeza. Bairros na zona sul, atrás da coca-cola, vivem semanas sem coleta, especialmente região de chácaras urbanizadas.
A urbanização das chácaras só foi efetivada na cobrança do imposto urbano. Os moradores convivem com animais soltos, que reviram e agravam a situação do lixo e com ruas de terra intransitáveis em períodos de chuvas fortes.
Segundo o secretário Mustafá, da Limpeza, a coleta enfrenta dificuldades em chegar ater as chácaras porque os caminhões não conseguem rodar. Mas não há previsão de levar obras e ruas melhores.
O projeto inicial é criar forma de aproximar o depósito do lixo, o que pode envolver ajuda dos moradores para deixar sacos de lixo em ruas asfaltadas próximas às chácaras. É uma idéia, mas não está nada definido.
