O STF (Supremo Tribunal Federal) encaminhou para a ministra Rosa Weber o pedido de liminar para suspender decisão do Tribunal regional federal de São Paulo e reabrir o jornal Diário, lacrado desde o dia 24 de janeiro.
O pedido de reabertura tramita desde o dia 25 de janeiro e foi distribuído inicialmente ao ministro mariliense José Antonio Dias Toffoli, que declarou-se impedido de julgar o caso por questões de “foro íntimo”.
O sistema de acompanhamento de processos no tribunal mostra que o caso está “concluso ao relator”, ou seja, pronto para uma eventual decisão da ministra, que pode decidir o caso ou determinar algum novo andamento ou acréscimo de informações.
O jornal foi fechado na segunda fase da Operação Miragem, deflagrada em agosto de 2016 e que já havia fechado as rádios Diário FM e Dirceu AM, integrantes do grupo CMN (Central Marília Notícias), que incluía também o jornal.
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A operação investiga esquema de falsificação e lavagem de dinheiro, que usaria laranjas para esconder patrimônio e uso político do jornal e rádios em benefício do deputado estadual Abelardo Camarinha e seu filho, o ex-prefeito Vinícius Camarinha, ambos do PSB.
A empresária Sandra Mara Norbiato, que figura como dona do jornal, fez em outubro um acordo de delação premiada em que admite que foi usada como laranja para Camarinha.
A operação que fechou o jornal foi deflagrada junto com mandado de prisão para Antonio Carlos dos Santos, ex-marido de Sandra, apontado por ela como articulador do acordo para que ela registrasse o jornal em seu nome e acusado de ameaçá-la de morte.
O pedido, protocolado sob forma de reclamação contra decisão judicial, é assinado pelo advogado Wanderlei Rosalino em nome da Editora Diário-Correio de Marília, que segundo a própria Sandra Norbiato recebeu dela procuração ampla assim que o jornal foi transferido para seu nome, em 2011.
