Excesso de balões, inclusive com material publicitário e imagens comerciais, criaram uma zona de risco para aviões que chegavam a São Paulo no sábado. O problema, que rendeu riscos, algumas queixas de pilotos e várias mensagens, ganhou as redes sociais e mostra um lado dos riscos que muita gente nem conhece.
Os balões, sempre com material combustível e alimentado por “tochas” que usam diferentes produtos inflamáveis, ameaçam as aeronaves e alguns casos exigiram manobras não planejadas dos pilotos, o que implica também em sustos para passageiros.
O áudio que circular nas redes sociais indica pelo menos dois voos da Azul, um da Gol e voos internacionais, da Swiss Air Lines e Air Europa. Na mensagem é possível identificar quando um controlador diz ter contabilizado pelo menos dez balões.
As mensagens são na maioria das vezes, para reportar a aparição ou indicar aos pilotos algum cuidado. Mas também revelam situações de susto.
“Estamos curvando agora para a direita e descendo para evitar um balão que tá voando por aqui. Você tinha conhecimento prévio?”, diz um piloto nitidamente contrariado em voo da Air Europa.
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Logo depois um piloto da Azul confirma o risco na mesma região. “To desviando dele aqui, ta? Bem grande, hein. Bem grande mesmo. Tô curvando à direita”.
São Paulo e Rio de Janeiro lideram todos os anos as ocorrências de situações de riscos por balões. A prática é crime ambiental e também é crime previsto no Código Brasileiro Aeronáutico, por oferecer risco para a segurança do espaço aéreo.
O perigo se dá em razão das suas dimensões, estrutura (armação, cangalha e adereços) e peso. Segundo o diretor de segurança e operações de voo da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (ABEAR), Ronaldo Jenkins, o impacto de um artefato com uma aeronave pode danificar sua fuselagem, turbinas, ou hélices e atrapalhar o funcionamento dos equipamentos de orientação.
Além disso, a presença de balões em áreas próximas a aeroportos pode provocar fechamento de pista, cancelamento, além de atrasos de voos.
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