A secretaria municipal de Saúde de Marília informa que foi notificada por um laboratório particular sobre um exame com resultado positivo para zika vírus. A doença foi constatada em uma criança de um ano, moradora na zona leste da cidade.
O caso foi classificado como autóctone, ou seja, transmitido no município. As ações de bloqueio do vetor estão sendo realizadas e a secretária Kátia Ferraz Santana pede que a população faça a sua parte, no combate ao mosquito Aedes aegypti.
A supervisora da Vigilância Epidemiológica do município, Alessandra Arrigoni Mosquini, explica que, foram iniciadas as ações de controle na área da residência, na zona leste da cidade, e também na região onde a criança se deslocou (entre o bairro Novo Horizonte às proximidades da rua 9 de Julho).
“Exames para contraprova, que seriam enviadas ao laboratório de Referência Estadual, Adolfo Lutz, estão comprometidos, por já ter decorrido mais de 10 dias do início dos sintomas nesta criança. Independente deste fato, mesmo sem a confirmação neste segundo exame, a secretaria municipal de Saúde realiza todas as medidas de controle”, assegurou.
Foi o segundo caso autóctone de zika vírus registrado em Marília, o primeiro deste ano. A secretária de saúde lembra que as intensas chuvas, típicas do período, favorecem a proliferação do mosquito Aedes aegypti, que também transmite a dengue e a chikungunya, por isso a população deve fazer a sua parte, de forma complementar ao poder público.
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“O Levantamento Rápido do Índice de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa), que apura a presença do mosquito, aponta uma situação de alerta. Estes mosquitos estão, em sua maioria, nas residências, local de domínio dos moradores. O primeiro agente de controle de endemia é quem mora na casa, por isso a ação é conjunta. Estamos intensificando as ações e contamos com a colaboração de toda a sociedade”, enfatizou Kátia Santana.
A DOENÇA
Os sintomas relacionados ao zika vírus costumam se manifestar de “forma branda”. Em muitos casos, o paciente pode, inclusive, estar infectado e não apresentar nenhum sintoma. Porém, um sinal clínico que pode aparecer logo nas primeiras 24 horas e é considerado uma evidência da doença são as manchas vermelhas na pele que provocam coceira intensa.
O quadro de febre causado pelo vírus costuma ser mais baixo e as dores nas articulações mais leves. A doença ainda traz como sintomas a hiperemia conjuntival (irritação que deixa os olhos vermelhos, mas sem secreção e sem coceira), dores musculares, dor de cabeça e dor nas costas.
Há registro de mortes e manifestações neurológicas no Brasil, além de microcefalia. As complicações neurológicas incluem encefalites, meningoencefalite, mielite, Síndrome de Guillain-Barré – SGB, entre outras. Mais informações podem ser obtidas no site do Ministério da Saúde.
