O delegado da Polícia Federal Sandro Viana, que comandou a delegacia do departamento em Marília, foi preso na tarde deste sábado no Paraná acusado de dividir um pagamento de propina de R$ 35 mil.
O dinheiro seria pago por um empresário de Londrina investigado pela PF e que denunciou caso de extorsão. Viana e um homem acusado de intermediar o pagamento foram presos na Operação Corrumpere, deflagrada hoje pela Polícia.
Viana chegou a Marília em 2007 justamente para comandar a Operação Oeste, que desmontou esquema de corrupção provocou a prisão de policiais – incluindo o ex-chefe da delegacia, o delegado Washington Menezes, e um delegado da Polícia Civil – além advogados e empresários.
Atuou como chefe da delegacia até 2009, quando acabou rebaixado a delegado adjunto sob forte pressão política. Seguiu na cidade até 2012, quando foi transferido para o Paraná, onde nasceu e tem família.
Segundo a Polícia Federal, Sandro Viana extorquiu o empresário com a promessa de não indiciá-lo em inquérito, aberto em 2015 e concluído em janeiro deste ano, sem qualquer acusado.
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“O delegado Sandro Viana era responsável pela investigação contra esse empresário. Por meio do intermediário, que é dono de uma empresa de vigilância, solicitaram o dinheiro. Neste sábado, ocorreu o pagamento”, explicou o delegado Felipe Barros Leal, responsável pela operação.
O delegado ficaria com R$ 20 mil, e o intermediador com R$ 15 mil, segundo a Polícia Federal.
A Polícia Federal informou ainda que será aberto um processo administrativo contra o delegado preso. Se ao longo do processo o crime for comprovado, o delegado pode ser expulso da corporação.
Além da Operação Oeste, Sandro Viana comandou em Marília investigação de compra de votos em que o ex-prefeito Vinícius Camarinha e o ex-presidente da Câmara, Yoshio Takaoka, foram acusados.
O delegado atuou ainda em investigações de grande repercussão no combate ao tráfico de drogas e contrabando, inclusive com prisão de quadrilhas e estrangeiros.
