A Assistência e Desenvolvimento Social de Marília vive momentos de mudanças, descoberta de problemas e apresentação de novidades, com projetos para ampliar atendimento sem extinguir programas.
São medidas como reorganização da Fumares (Fundação Mariliense de Recuperação Social), novos programas de geração de renda, formação profissional e reestruturação que vão alterar e redirecionar programas, sem extinguir projetos.
Uma das medidas inclui a transferência de serviços prestados em duas das três Casas do Pequeno Cidadão, uma iniciativa inovadora lançada no final dos anos 90 pelo psicopediatra Adolpho Menezes de Mello e pela ex-secretária Anadyr Hila, ambos falecidos.
A redução não é novidade. O programa que chegou a ter dez casas terminou 2016 com apenas cinco. As mudanças atingem duas: a da Via Expressa, que hoje atende 18 crianças, e de Rosália, com oito atendidos.
O atendimento da Via Expressa será redirecionado para duas unidades do Cras (Centro de Referência em Assistência Social), mais próximos das residências das crianças e com integração do Pequeno Cidadão a outros projetos.
Wânia Lombardi despacha na secretaria: mudança até de sede. “Suntuosa e pouco funcional”
A reorganização de Rosália ainda será definida, após discussão com as famílias do distrito. As outras casas ficam como estão?
“Como estão não, porque na zona oeste o prédio estava destalhado, ficou muito tempo abandonado e nós vamos reformar. As casas vão continuar atendimento, mas melhoradas”, disse a secretária Wânia Lombardi.
As mudanças atendem questões práticas. As casas perderam público – para serviços como escolas de tempo integral – e são unidades que movimentam muitos funcionários e gastos com poucos resultados.
No caso da Via Expressa, o serviço envolve transporte, equipes e manutenção para poucos estudantes longe de suas casas. A mudança vai aproximar e melhorar os serviços.
“O Cras vai ter a referência, o atendimento à família e vai ter o Pequeno Cidadão. Vai ter o adolescente que hoje não quer estar no pequeno cidadão. Vai ter esporte, formação de mulheres para geração de renda. Vamos ter famílias. E o pequeno cidadão.”
A política de manutenção de projetos inclui também os telecentros, que estão suspensos. Isso porque os serviços eram terceirizados e segundo a secretária limitados.
“A estrutura de internet está lá, o wifi está na praça, temos os computadores. Só vamos estruturar melhor, vamos ligar estes telecentros às necessidades e vocações de cada comunidade em que eles estão inseridos.”
A secretária emenda histórias de mudanças e medidas administrativas para mostrar que nos últimos 40 dias reorganizou a própria estrutura – uma proposta que inclui até pedido para deixar uma suntuosa casa no centro da cidade para ocupar prédio mais funcional. A pasta com 250 servidores e atividades que vão do transporte de leite ao acompanhamento social para habitações populares.
A Fumares ganhou nova diretoria, integração com outras secretarias para reativar horta, criação de animais e novos serviços. A ideia é que seja sustentável e transforme seu espaço de 20 alqueires em uma área muito produtiva.Em janeiro tinha 19 atendidos, hoje são 35.
O Ceprom, centro de profissionalização, prepara pacote de ações combinadas com instituições como Senai e Senac para oferecer novos cursos.
A secretaria deve ser a base de uma rede de assistência, com iniciativas para crianças, mães solteiras, avós que assumem criação de netos e trabalhadores desempregados ou em busca de qualificação.