Marília

Cidade terá novo protesto e passeata contra reformas; entenda as mudanças

Cidade terá novo protesto e passeata contra reformas; entenda as mudanças

Um encontro de sindicalistas e representantes de duas associações definiu em encontro nesta quinta-feira realizar mais uma manifestação pública com passeata contra a reforma da Previdência e a reforma trabalhista.

A manifestação, como já havia sido comentado no protesto desta quarta (15), vai acontecer no dia 5 de abril, um dia antes de a proposta da reforma entrar em votação no Congresso Nacional.

Os sindicatos e manifestantes vão se reunir a partir de 8h na rua 9 de Julho, ao lado da Galeria Atenas, para concentração, discursos e uma passeata que vai percorrer as principais ruas do centro comercial de Marília a partir das 10h.

Os manifestantes querem a rejeição do modelo de reforma, com idade mínima para aposentadoria, e de mudanças na legislação que flexibilizem ou eliminem direitos dos trabalhadores e sindicatos.  

Os protestos seguem uma onda nacional de atos contra a reforma, com participação de centrais sindicais de diversas categorias, profissionais, lideranças políticas, partidos de oposição e associações comunitárias.

O encontro desta quinta-feira, realizado no Sindicato dos Bancários, teve a participação das associações de Técnicos em Segurança do Trabalho e dos Vigilantes Municipais de Marília.


Sindicalistas e dirigentes de associações de Marília durante encontro para organizar manifestação contra reformas

A REFORMA

A proposta do governo fixa idade mínima de 65 para requerer aposentadoria e eleva o tempo mínimo de contribuição de 15 anos para 25 anos. Também eleva a idade mínima do regime próprio da União, de 60 anos (homem) e de 55 (mulheres) para 65 anos. Automaticamente, aumenta as idades dos servidores de estados e municípios, do Judiciário e Legislativo.

O governo pretende mexer no cálculo e pressionar o trabalhador a contribuir mais tempo para melhorar o valor a receber. O benefício será calculado com base em 51% de 80% das melhores contribuições mais um ponto percentual a cada ano pago. Para se aposentar com 100% do benefício, será preciso contribuir 49 anos.

A PEC revoga aposentadoria especial de professores do ensino fundamental e médio e policiais civis. Não atinge bombeiros e policiais militares

A reforma muda ainda a pensão por morte, que é integral e deve ser reduzida para 50%, mais 10% por dependente, para todos os segurados (INSS e serviço público). A pensão deverá ser desvinculada do reajuste do salário mínimo, que permite ganhos reais. 

Idosos ou deficientes de baixa renda que têm direito a um benefício assistencial mesmo sem contribuir serão desvinculados do reajuste do salário mínimo, ou seja, os benefícios podem ser congelados.

A reforma atinge todos os trabalhadores ativos. Homens a partir de 50 anos e mulheres com 45 anos ou mais serão enquadrados em normas mais suaves, mas com tempo adicional para requerer o benefício.