Marília

Estudantes sabatinam candidatos e pedem espaço na Famema

Estudantes sabatinam candidatos e pedem espaço na Famema

Candidatos das duas principais chapas que disputam a diretoria da Famema  (Faculdade de Medicina de Marília) participaram no início da tarde desta sexta-feira de uma sabatina para responder perguntas de estudantes e funcionários da entidade.

O atual diretor e candidato à reeleição, Paulo MIchelone, o candidato da oposição, Valdeir Fagundes de Queiroz e seus vices, Luiz Domingos Melges e José Augusto Sgarbi participaram do encontro.

Os candidatos responderam perguntas em bloco por diferentes temas e abriram por um tema polêmico na instituição: o ensino baseado no modelo de PBL, sigla em inglês para aprendizado baseado em problemas.

Na abertura do primeiro bloco, Valdeir Fagundes elogiou a iniciativa do debate e disse que é muito bom ter a possibilidade de discutir com toda a comunidade. Disse que o PBL está defasado e precisa ser revisto.

O candidato a vice, José Sgarbi, disse que a faculdade tem perdido talentos e precisa ter um plano diretor com as metas de ensino para futuro e um projeto político-institucional. “Nós não temos nenhum dos dois.”

Michelone, que tenta a reeleição, disse que a Famema está em um processo de transição que não pode ser interrompido.

“A Famema já mudou. Fiquei quatro como anos como vice-diretor, quatro anos como diretor. A grande dificuldade era ser uma autarquia especial em que era interligado orçamento único e da assistência. E da assistência absorvia. Tivemos dificuldades muito grandes. E porque mudou? Hoje são duas autarquias”, disse Michelone na abertura de sua manifestação


O evento foi organizado pelo DACA (Diretório Acadêmico Cristiano Altenfelder), que representa os alunos, e a associação de funcionários.  Uma das intenções é ampliar envolvimento dos alunos no processo.

É preciso ter uma número mínimo de votos dos alunos para que possam ser contabilizados. E ainda que eles sejam oficializados, a importância dos votos é limitada por um sistema de proporcionalidade que dá 70%  da decisão aos votos de docentes, 15% funcionários e 15% para estudantes.

“A gente promove esta sabatina justamente porque há seis anos os estudantes não conseguem atingir quórum para participar na eleição da Famema. Para que os estudantes possam entender o contexto e participar”, disse Iago Polo Domingues, do diretório acadêmico.

Além de avaliar as propostas o debate vai indicar até a participação dos alunos na eleição, que acontece com dois dias de votação na segunda e terça (20 e 21) em cinco pontos da instituição.

Segundo o estudante, apesar de os estudantes considerarem o processo “bastante antidemocrático”, ainda não há um posicionamento oficial de boicote.

“Não só pela questão do processo ser 70-15-15, mas de todo processo ser bastante obscuro, a gente ter bastante dificuldade de acesso, a gente não tem posição oficial de boicote.“

Alunos que acompanharam a sabatina elogiam a oportunidade de contato. “Interessante, podemos saber o que em comum os candidatos têm e as diferentes visões  deles para a Famema”, disse Michel Matheus, do terceiro ano.

“Espero que tenham propostas que respondam aos interesses dos funcionários, dos estudantes mas principalmente dos funcionários, até porque o mais importante é como a eleição vai repercutir para nós e para a comunidade”, disse Leonardo, aluno do quatro ano.