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Médico canta e anima criança em hospital; vídeo viraliza

Médico canta e anima criança em hospital; vídeo viraliza

A alegria de uma criança internada no Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto conquistou as redes sociais. Um vídeo em que Sophia Romão Bueno aparece dançando enquanto o pediatra canta e toca violão passou de 7 milhões de visualizações e repercute em todo o país.

“Essa é a minha gatinha, minha princesinha Sophia Romão Bueno……é assim que ela lida com sua doença……nada abate ela…..e é com essa alegria e vendo a garra e a força dela que eu e seu papai Julliano Luiz Bueno lutamos contra tudo e todos…..no hospital fazendo a quimioterapia, transfundindo hemácias ou plaquetas, não importa, ela é sempre assim…..meu orgulho…..”, postou a mãe da menina, Mayara Romão Bueno, com o vídeo.

Sophia tem um ano e quatro meses e está em tratamento contra uma doença rara – a Histiocitose de células de Langerhans. 

“Amar e se dedicar ao próximo têm de ser algo constante e rotineiro”, escreveu o pediatra Paulo Martins, 27 anos, residente do HC, após a repercussão. O vídeo foi feito no dia 14 de março.

Ele e alguns companheiros de trabalho começaram a tocar e cantar de quarto em quarto as músicas que os pacientes pediam. Percebeu que Sophia os acompanhava no corredor.

“Quando fiz pijamas cirúrgicos com temas infantis recebi críticas. Disseram que eu estava parecendo um palhaço no hospital, mas os comentários positivos são maiores e os que mais me motivam”, afirmou.

A família é de São Carlos mas Sophia está em tratamento no HC de Ribeirão desde junho de 2016. Faz consultas, sessões de transfusão de sangue e quimioterapia.


“Nessa vida, o importante é ser feliz. Um dia antes, na visita habitual da enfermaria, vi que estávamos com muitos adolescentes internados e que eles sofriam com a ociosidade da internação, além das dificuldades inerentes ao momento. Combinei com eles que no dia seguinte iria trazer o ukelele para fazermos um som e desopilarmos um pouco”, contou o médico em um longo texto para falar sobre a repercussão.

Notei que enquanto eu entrava nos quartos e tocava as musicas, havia uma pequenina que me acompanhava dançando. Quando sai no último quarto, não teve jeito, ela estava na porta me esperando. Pediram, ” toca uma música para ela Paulão! “. Inicialmente fiquei envergonhado, pois não sabia nenhuma música infantil. Mas o pai me acalmou, “ela gosta de Marília Mendonça”. Não teve jeito. Comecei a tocar, baixinho, e na medida que os acordes e a letra iam fluindo, seus passos foram me acompanhando. Dançou a música inteira.

Terminei e me pediram outra. Medo Bobo. Toquei e ela dançou divinamente bem. Ao término, só alegria. Todo mundo feliz, leve. Aquilo se chamava Paz. Hoje, dias após, vejo que essa tarde, aparentemente tão simples, ganhou uma repercussão que eu jamais imaginaria”, divulgou o médico.

Veja o vídeo
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