A Apas Show, a maior feira de supermercados do mundo, espera maior participação de empresas da região, especialmente menores indústrias, na edição deste ano, que acontece entre os dias 2 e 5 de maio em São Paulo.
O evento será oficialmente apresentado em um encontro na noite desta quinta-feira com participação de dirigentes de supermercados, indústrias, comerciantes e convidados, com direito a uma prévia de exposição de marcas regionais.
A feira já atrai as principais marcas da região, como Marilan, Dori, grupo ZDA, todos de Marília, e a Jazam Alimentos, de Pompéia. O desafio é levar as pequenas indústrias de alimentação, produtos de higiene e beleza, bebidas e outros setores. Uma das atrações é a presença de compradores internacionais, rodas de negócios e consultores de apoio para programas de exportação.
A feira é promovida pela Associação de Supermercados do Estado, que reúne pouco mais de mil empresas e pelo menos 3.000 lojas, incluindo todas as grandes redes nacionais.
Eduardo Kawakami, Pedro Gonçalves e Antonio COlatto apresentam feira de supermercados em Marília
Segundo o presidente da Apas, Pedro Celso Gonçalves, que participa do encontro regional desta noite, em 2016 a rodada de negócios com a agência oficial de exportações permitiu negócios envolvendo 17 países. “A gente está focando muito em negócios. Inclusive neste ano a gente implantou prêmio para estandes com mais reuniões para negócios.”
A feira dos supermercados é basicamente uma vitrine para indústrias mostrarem seus produtos às redes de lojas. Em 2016 esse encontro permitiu R$ 6 bilhões em negócios, segundo o presidente da Apas. Ele participou de uma coletiva com jornalistas acompanhado pelos empresários Eduardo Kawakami, diretor da rede mariliense e vice-presidente da Apas, e Antonio Carlos Colatto, do Supermercado São Bento, diretor regional.
“Marília tem essa vocação de alimentos, mas não só nesta área, muitas outras já estão participando, aumentam a participação. Eu acho que Marília teve grande privilégio na área econômica de sentir menos a crise”, disse Eduardo Kawakami.
VENDAS E EMPREGOS
O lançamento da feira mostrou que o setor fechou 2016 com crescimento de vendas abaixo da inflação, que resulta em um índice nominal positivo, com quase 3% de crescimento nominal, mas queda real de vendas, que ainda não foi contabilizada na região.
Os dados positivos, segundo a Apas, estão na geração de empregos. O setor fechou 2016 com 9.000 trabalhadores na região que envolve 86 supermercados com 153 lojas em 52 cidade. Segundo Eduardo Kawakami o número cresceu e apesar de um ano com número maior de demissões em relação a períodos anteriores a oferta de vagas foi positiva. “Houve sim um aumento de demissões, mas houve também contratações. Em nossa região houve mais contratação.”