Um projeto de pesquisa desenvolvido na Unesp de Marília vai investigar a cultura do estupro e casos de violência social, de gênero e racial na vida acadêmica. A pesquisa aborda problema que já provocou incidentes em diferentes campus das principais universidades do país.
O projeto coordenado pela professora Lidia Possas, já foi aprovado pelo CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) e aborda a urgência de garantir efetivamente a inclusão social, de gênero e racial na universidade.
As pesquisas serão feitas pela equipe do Laboratório Interdisciplinar de Estudos de Gênero (LIEG), do Grupo de Estudo “Cultura e Gênero” e vinculado ao Instituto de Políticas Públicas de Marília (IPPMar).
Para a coordenadora do projeto, fica evidente que problemáticas socioculturais, econômicas e políticas foram transportadas para o cotidiano acadêmico criando certas exigências, inclusive curriculares, conceituais e explicativas:
“Diante das novas demandas, das tensões e conflitos gerados, o LIEG pretende observar a necessidade de se debruçar sobre essa realidade do espaço acadêmico como um campo de estudo”, explica a pesquisadora.
O projeto tem como principais questões propostas, a persistência dessa espécie de violência, seja física ou psicológica, e quais as razões de sua permanência em um ambiente acadêmico e com uma população de formação superior.
Com o intuito de envolver também pesquisadores da Unesp e de outras Instituições de Ensino Superior, com as suas respectivas equipes compostas de alunas de iniciação científica, doutorandas e mestrandas, o projeto investe em uma perspectiva de interlocução e diálogos interdisciplinares e interseccionais para entender as incidências de violência de gênero e da cultura do estupro sejam no coletivo, como individual.
Um vídeo produzido pela Unesp apresenta detalhes da pesquisa e os motivos para desenvolvimento do projeto. Assista abaixo
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