Em uma de suas mais famosas obras ‘Assim falou Zaratustra’,Nietzsche exclama: “Deus está morto”. A celebre frase já havia aparecido antes em ‘ A Gaia Ciência’ com: ‘para onde foi Deus, gritou ele, já lhes direi! Nós o matamos – você e eu. Somos todos assassinos’. Não sou filosofo de formação e muito menos de profissão, mas acredito, que a crítica do autor se direcionava justamente a humanidade que transformava e continuaria a transformar o mundo em um local de horrores.
E o que falar do Brasil então depois da lista do Fachin? Quatro ex presidentes, 12 governadores, 8 Ministros do atual governo, 24 Senadores, 40 Deputados Federais, fora prefeitos e outros políticos que somando tudo, ultrapassam o número de 70 citações ante as delações. Estão todos os caciques de todos os partidos desse país. Nomes como o do Lula, Temer, Dilma, Aécio, Alckmin, Serra, Kassab, Padilha, Moreira Franco, Rodrigo Maia…entre outros, todos eleitos por você ou eu em alguma das inúmeras eleições da nossa vida.
Voltando a Deus, Nietzsche falava ‘nós o matamos’ e falando do Brasil, nós votamos. Ou seja, depois da lista do Fachin, politicamente, realmente o Brasil está morto e fomos nós que o matamos com o nosso voto. Ele se transformou em um horror, a não ser que ocorra uma reforma política muito grande que não permita que todos que forem condenados possam se candidatar novamente, ele não ressuscitará.
Chegamos ao fundo poço, e o pior, essa tragédia anunciada bem do meio de reformas importantes como a Política, Trabalhista e Previdenciária. A tendência é que o Congresso fique paralisado nos próximos meses e que nada de importante para o povo seja votado. Não acredito em Nietzsche, portanto, Deus não está morto. Agora, politicamente, o Brasil está.