Assembleia dos servidores municipais de Marília realizada há pouco na porta da prefeitura aprovou última proposta de acordo apresentada pela administração e vão receber 2% de reajuste salarial e R$ 250 de vale alimentação, com aumento de 100%. A proposa foi apresenta horas antes em negociação com a comissão de representantes.
Ao final do encontro, a prefeitura divulgou nota em que considera a proposta “o limite” da gestão. “A Prefeitura Municipal de Marília informa que em reunião com o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais ficou proposto os seguintes reajustes: aumento de 2% no salário, mais vale alimentação no valor de R$250 (Hoje R$130). O secretário Levi Gomes destacou que esse é limite que a prefeitura pode pagar para os funcionários nesse momento, visto que em janeiro deste ano houve a incorporação do abono de R$200 afetando muito os cofres municipais.”
O abono foi concedido pelo ex-prefeito Vinícius Camarinha com a previsão de incorporação a partir de janeiro. Mesmo assim os valores do impacto sobre a folha, como aumento de benefícios como anuênio e outras verbas especiais, não teriam sido incluídos no orçamento, o que chegou a provocar uma discussão jurídica sobre a incorporação.
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Apesar do estado de greve declarado há quase 15 dias e dos repetidos impasses – foram cinco rodadas de negociação, a assembleia mais uma vez reuniu poucos trabalhadores, como nos encontros passados, em que o número de servidores fica próximo de cem participantes, para uma categoria de 5.000.
Ainda assim, o impasse na discussão rendeu algum desgaste político para a administração, acusada de não cumprir promessa de cmapanha em dar reajuste pelo índice da inflação. Nas três primeiras reuniões de negociação, a prefeitura não admitia hipótese de reajuste nos salários com justificativa de crise sem precedentes no caixa e gasto com a folha de pagamentos no limite da lei de responsabilidade fiscal.
Mas se o acordo salarial encerra crise política do momento, não acaba com a discussão de questões importantes para os servidores. Reforma da previdência, plano de carreira, vale alimentação dos aposentados e terceirização são alguns dos temas que a categoria quer manter em debate para influenciar decisões na administração.
