A primeira Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) cassou nesta terça-feira a decisão que permitiu libertação do goleiro Bruno Fernandes e determinou seu retorno à prisão onde cumpre pena por homicídio.
Por três votos a um, os ministros derrubaram uma decisão do ministro Marco Aurélio Mello, que havia determinado a libertação do atleta, após seis anos e meio de prisão. A Primeira Turma é formada por cinco ministros, mas Luís Roberto Barroso não participou do julgamento.
Votaram a favor da prisão os ministros Alexandre de Moraes, Rosa Weber e Luiz Fux. O único contrário foi Marco Aurélio Mello.
A sessão votou recurso impetrado pela mãe da modelo Elisa Samúdio, com quem Bruno mantinha um caso e tinha um filho até desaparecer. Bruno foi preso em 2010 e condenado em 2013 pela morte da ex-namorada.
Desde sua libertação, Bruno defende o Boa Esporte, de Minas Gerais, que disputa a segunda divisão do Campeonato Mineiro.
Relator do pedido de liberdade, o ministro Alexandre de Moraes defendeu que a Constituição valoriza decisão do júri popular e assim, apesar de ainda estar em recurso contra a condenação, o goleiro deveria aguardar preso pelo julgamento.