Perícia realizada pelo Instituto Médico Legal em Santa Cruz do Sul aponta rompimento natural em uma das camadas da artéria aorta como causa da morte do cantor e compositor Belchior, sepultado em Fortaleza nesta terça-feira.
Belchior foi encontrado morto domingo na casa em que vivia com a mulher. A morte do compositor, de 70 anos, comoveu artistas e fãs de MPB em todo o país e começou cercada de mistérios, como a vida do artista seguia nos últimos anos.
O laudo médico aponta “dissecção da aorta”, uma destruição voluntária em que uma das camadas pede contato com as outras e provoca alteração na circulação sanguínea, com hemorragia. O problema pode levar a morte súbita.
Belchior estava afastado da vida pública há quase dez anos, quando suspendeu shows e divulgação do trabalho, embora não tenha deixado de produzir músicas. Morava em Santa Cruz do Sul desde 2013.
Sem dinheiro, o cantor e a esposa, Edna, viviam com apoio de amigos. Um deles cedeu a casa onde viviam. Levantamento feito pelo portal G1 indica que só no Rio Grande do Sul, os dois passaram por dez cidades diferentes antes de se estabeleceram em Santa Cruz do Sul.