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Júri condena acusado do PCC em sessão por videoconferência

Júri condena acusado do PCC em sessão por videoconferência

O Ministério Público obteve, nesta quarta-feira (3/5), a condenação de Abel Pacheco de Andrade, conhecido como Vida Loka, a 47 anos de prisão por ter ordenado os assassinatos de Nilton Fabiano dos Santos, o Midas, e Rogério Rodrigues dos Santos, o Digue, em novembro de 2004, no bairro do Rio Pequeno, na zona oeste da capital.

Ele foi condenado duas vezes pelos crimes de homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, impossibilidade de defesa da vítima e meio cruel) e formação de quadrilha armada.
 
O réu, considerado por autoridades que investigam o crime organizado um dos membros da cúpula organização criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), foi interrogado por videoconferência, de Mossoró, no Rio Grande do Norte, onde cumpre pena por outros crimes. Os jurados acompanharam o depoimento numa sala no Fórum Criminal da Barra Funda, por meio de dois monitores de TV.
 
De acordo com a denúncia, intercepções telefônicas, autorizadas pela Justiça, mostraram que Andrade e Rogério Jeremias de Simone, conhecido como Gegê do Mangue, ordenaram a morte de dois homens, declarados inimigos do PCC em 2004 por questões ligadas ao tráfico de drogas. Vida Loka e Gegê estavam presos e usaram telefones celulares para repassar as instruções para as execuções para outros comparsas que estavam soltos.
 
Gegê já havia sido julgado em separado no mesmo processo, no início de abril, e também condenado a mais de 47 anos de prisão pelo mesmo crime. Ele está foragido.
 
O júri foi presidido juiz Gustavo Esteves Ferreira, tendo atuado pelo Ministério Público o promotor Rogério Leão Zagallo.