Marília

Marília suspende pagamento de dívida parcelada com OAS

Marília suspende pagamento de dívida parcelada com OAS

Menos de uma semana depois de iniciar uma investigação sobre uma cobrança de suposta dívida de R$ 15 milhões junto à empreiteira OAS, a Controladoria Geral de Marília anunciou nesta terça-feira a suspensão de pagamentos de uma dívida reconhecida e parcelada pelo Daem (Departamento de Água e Esgoto de Marília.

Nos dois casos as cobranças tratam de serviços prestados pela companhia na execução de obras de implantação da rede de coleta e tratamento de esgoto na cidade. A OAS foi contratada em 2013 para as obras, que deveriam ser concluídas em dois anos, mas o contratou parou em julho de 2015, com menos de 30% de todo o projetado.

Após a suspensão da obra, a OAS passou a cobrar a prefeitura por dívidas do que seria a responsabilidade do município no contrato, como os gastos para implantação de canteiro de obras e outros serviços.

Em dezembro de 2015 o Daem assinou um termo de rescisão amigável do contrato com a OAS e junto com ele a confissão de uma dívida no valor de R$ 2.421.973,02, que foram parcelados pra pagamentos a partir de 2017.

Uma portaria publicada nesta terça-feira pelo controlador geral do município, o advogado FÁBIO HENRIQUE DE OLIVEIRA JORGE, apresenta uma relação de supostas irregularidades administrativas para a assinatura do acordo como justificativa para suspender os pagamentos.

Segundo o controlador, o acordo deveria ter sido referendado pelo Conselho de Administração do Daem antes da assinatura. Além disso, a confissão e parcelamento de dívida dependeria de aprovação pela Câmara, como foi feito com outros débitos, como as dívidas com a Monte Azul e a Unimed.

A Controladoria aponta ainda falta de previsão da despesa na lei orçamentária anual, não havendo a abertura de créditos especiais ou suplementares exigidos por lei e “indícios relevantes capazes de retirar a presunção de legalidade da cláusula”.

O Giro encaminhou à prefeitura um pedido de informações sobre o valor da dívida atualizado, eventuais pagamentos feitos e eventuais medidas judiciais para anular o acordo. A administração informou que “nao vai se pronunciar” sobre o assunto.