Marília

Assistência prepara "abordagem humanizada" a morador de rua e condena esmolas

Encontro discute abordagem a moradores em situação de rua – Divulgação Prefeitura
Encontro discute abordagem a moradores em situação de rua – Divulgação Prefeitura

A Secretaria Municipal de Assistência Social reuniu representantes de diferentes setores para a elaboração plano de abordagem e medidas de encaminhamento de moradores em situação de rua na cidade.

A secretaria avalia que existam atualmente cerca de 180 pessoas vivendo nas ruas de Marília. As principais estruturas para atendimento são o Centro POP, a Fumares e a Casa de Passagem, cada uma com diferentes funções e serviços distintos.

Na Fumares (50 vagas) é oferecida moradia temporária para reinserção social. Já a Casa de Passagem, também conhecida como albergue noturno, funciona como um dormitório provisório (37 vagas).

O mais recente serviço, mantido pela Secretaria Municipal de Assistência Social, é o Centro POP, com capacidade para 50 pessoas. O foco é o resgate da cidadania, com apoio psicossocial para o reestabelecimento dos vínculos familiares e sociais.

“Nosso objetivo é traçar ações que sejam eficazes, eficientes e duradouras para as pessoas em situação de rua. Nesse contexto, existem usuários de drogas, pessoas que não têm casa ou ficaram nessa condição por perda dos vínculos familiares, os migrantes. Para cada um desses grupos, a abordagem e as necessidades são diferentes”, explica a secretária Wania Lombardi.

A secretária destaca que o incômodo, relatado por parte da população, não pode gerar intolerância, discriminação ou violência. “Não vamos educar dizendo que a população em situação de rua ‘infesta’ as praças. A secretaria quer uma abordagem humanizada e está construindo esse modelo com a sociedade, porque o problema é complexo”, afirma a secretária.

Ela pede que população não dê esmolas. Ao invés disso, ser tiver a oportunidade, o cidadão pode incentivar a busca pelos serviços públicos especializados no acolhimento. Campanhas massivas serão realizadas, tanto para divulgar os serviços, quanto para alertar sobre a mendicância.

“Estamos dialogando para fortalecer essa rede, inclusive com parcerias com clínicas e outros serviços. Também vamos realizar uma campanha intensa de divulgação, para que a população saiba o que fazer se for abordada por uma pessoa em situação de rua”, disse.

Participaram setores do Poder Público, entidades e organizações da sociedade civil como a Fumares (Fundação Mariliense de Recuperação Social), Emdurb, Secretaria Municipal da Saúde, Conselho Municipal de Direitos Humanos, PM, entre outras instituições que se relacionam diretamente com o tema.