A justiça de Marília abriu prazo de 48 horas para que a Unimed forneça a uma paciente grávida em situação de riscos o medicamento Enoxaparina, para prevenção de trombofilia com custo alto, que pode chegar a R$ 470 por caixa. Sem condições de comprar, a paciente pediu na Justiça que a Unimed forneça o produto e conseguiu uma liminar.
A trombofilia é uma condição que acomete algumas grávidas e coloca em risco tanto a gestante quanto o bebê. Provoca maior propensão à casos de trombose. A condição pode provocar ainda entupimento tanto das veias da mãe como obstrução da circulação do sangue que vai para a placenta.
A paciente beneficiada está grávida há cerca de cinco semanas, em início de gestação, e além do quadro de trombofilia tem histórico de abortamento anterior. Recebeu prescrição para uso do medicamento por toda a gravidez e até 30 dias após o parto. O início deve ser imediato.
A mulher alegou na ação que procurou a Unimed com pedido do medicamento nas condições prescritas, mas o fornecimento foi rejeitado.
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“Há o perigo da demora, porque o medicamento de uso contínuo é necessário ao período gestacional e até mesmo após o parto, para garantia da saúde tanto da mãe quanto do filho”, diz a juíza Ângela Martinez Heinrich na decisão.
A decisão estabelece prazo de 48 horas para fornecer ou custear o medicamento, com risco de multa diária de R$ 2.000 a R$ 4.,000 por descumprimento. A juíza marcou ainda uma Audiência de conciliação para o dia 1º de agosto.
O Giro Marília tentou contato com a direção e o departamento de Comunicação da Unimed, mas nos dois casos não foi atendido. Caso a cooperativa se manifeste as informações serão divulgadas com atualização da matéria.
