Um encontro de lideranças sindicais para discutir a campanha de reação contra a proposta de reforma da previdência acabou em um protesto contra deputados da região que votaram a favor da medida na Câmara, em Brasília.
A reunião envolveu diferentes sindicatos de servidores públicos e empresas privadas da cidade e região. Desde que a proposta de reforma foi apresentada, centrais sindicatos e diferentes representantes de categorias se uniram em organização de protestos e resistência contra a reforma.
Ao final do encontro, os participantes levantaram cartazes com fotos de deputados federais que votaram a favor da reforma. Com a palavra TRAIDOR, os cartes apresentavam fotos dos deputados do estado de São Paulo na Comissão Especial que analisa a proposta: Evandro Gussi – PV, Ricardo Trípoli – PSDB e Vinicius Carvalho – PRB.
O encontro divulgou ainda endereços de email para que trabalhadores enviem suas manifestações e possam ter mais envolvimento com as campanhas contra a reforma: [email protected] e [email protected].
Segundo os sindicatos, a reforma tem pelo menos sete pontos muito negativos para os trabalhadores. Veja os pontos divulgados em nota distribuída pelo Sindicato dos Agentes Fiscais da Receita Federal:
“- Foi imposta aos trabalhadores sem ouvi-los, sem discutir alternativas de manutenção dos direitos e das justas expectativas de direito.
-No setor público já existe uma transição entre as regras anteriores e as atuais, o que quebra acordos firmados entre Estado e os trabalhadores desse setor, quando da última reforma, que já tinha elevado a idade mínima para a aposentadoria.
-As regras impostas aos trabalhadores em geral e, em especial, aos trabalhadores menos qualificados tornam a aposentadoria quase impossível. Isso, além de reduzir consideravelmente seus rendimentos.
-A mudança das regras das pensões é perversa. Deixa a situação dos familiares de trabalhadores falecidos extremamente difícil. Reduz drasticamente seus proventos, num verdadeiro enriquecimento sem causa por parte do Estado.
-Expõe os trabalhadores aos riscos de mercado, abrindo os fundos de pensão aos interesses das instituições financeiras, as quais são as únicas beneficiárias deste desmonte da previdência pública.
– Questiona-se os supostos déficits nas contas dos regimes previdenciários e as formas de equacionar seu financiamento. Joga-se o ônus para os trabalhadores sem antes cobrar os devedores e combater as benesses oferecidas ao capital com dinheiro público sem contrapartidas sociais.“