A própolis é obtida pelas abelhas (Apis mellífera) e sua utilização se dá para a proteção da colmeia. É uma mistura de substâncias resinosas, gomosas e balsâmicas, encontrada nas plantas, composta por 50% de resina vegetal, 30% de cera de abelha, 10% de óleos essenciais, 5% de pólen e 5% de resíduos orgânicos, contendo também flavonóides, vitaminas e minerais. Sua composição química varia de acordo com o local em que é extraído, clima, abelhas, técnica utilizada, época, e principalmente com a flora da região, sendo que já foram identificadas mais de 200 substâncias em própolis de diferentes localidades.
Comercialmente a própolis se encontra na forma aquosa e alcoólica, sendo a alcoólica a que contém maior proporção de compostos bioativos, como ácidos fenólicos e flavonóides, porém, se o indivíduo não puder ingerir álcool, por algum motivo, pode-se consumir em sua forma aquosa. Tais compostos ativos são responsáveis por grande parte das atividades biológicas constatadas para a própolis.
Segundo alguns estudos que avaliaram os benefícios do uso da própolis, seguem: atividades antioxidantes, antibacteriana, fungicida (em alguns casos foi comparada sua eficácia com a nistatina, uma pomada antifúngica), anti-inflamatória, imunomodulatória, cicatrizante, antitumoral, antimutagênica, antiviral, antiprotozoário, anestésica, efeito hepatoprotetor e melhora de doenças periodontais e úlceras bucais (aftas), além de apresentar vários usos e ser empregada em diversos problemas como: mau hálito (halitose), eczemas (inflamações na pele), infecções urinárias, infecções na garganta, doenças cardíacas, diabetes e até mesmo o câncer.
Por curiosidade, na África do Sul, durante a guerra do final do século XIX, foi amplamente utilizada devido às suas propriedades cicatrizantes e anestésicas, e na Segunda Guerra Mundial foi empregada em várias clínicas soviéticas, tendo também aplicações na medicina humana e veterinária, ajudando no tratamento da tuberculose, observando-se a regressão dos problemas pulmonares e respiratórios.
Apesar dos diversos benefícios, e de não haver contraindicações (a não ser em caso de alergia à própolis), não recomenda-se doses excessivas. A dose média recomendada para adultos é de 20 a 30 gotas/dia, podendo ser consumida com mel, chás, ou até mesmo diluída em água. Vale ressaltar que o uso da própolis pode se constituir como uma alternativa terapêutica, porém dependente da sua composição e da concentração do(s) componente(s) ativo(s) portanto, é indispensável a consulta a um médico ou nutricionista para assim ser utilizada a dose eficaz a cada situação.