O delegado federal Luciano Menin, que presta serviços na Delegacia da PF em Marília e teve importante atuação na Operação Miragem, que fechou o jornal Diário e as rádios Diário FM e Dirceu AM em Marília, está indicado para assumir casos de investigação da Operação Lava Jato, em Curitiba.
Luciano Menin está indicado para substituir Márcio Adriano Anselmo, que durante três anos conduziu as investigações, iniciadas em 2009 a partir de um inquérito sobre patrimônio do ex-deputado José Janene, falecido em 2010.
Em março deste ano, Márcio Anselmo aceitou uma nomeação para assumir o posto de Corregedor da PF no Espírito Santo. Aceitou o novo cargo com uma carta em que relata “esgotamento físico e mental” pela atuação no caso e disse que deixou os inquéritos por questões “de natureza pessoal, sem qualquer interferência da administração”.
Desde aquela época, Luciano Menin foi indicado para assumir as investigações em Curitiba. O delegado já atuou na força-tarefa da Lava Jato e desde julho de 2016, quando outros três delegados foram afastados da investigação para cumprir novas missões, está indicado para retomar participação nos inquéritos.
Luciano Menin está ligado à Delegacia de Marília desde o final dos anos 2000. Antes da Operação Miragem, que investiga falsificação de documentos e outros crimes ligados ao jornal e rádios, ganhou repercussão em atividades de combate ao tráfico.
O Giro Marília apurou que nos meses seguintes ao encaminhamento da Operação Miragem o delegado Luciano Menin já cumpriu série de atividades fora de Marília.
Menin comandou em agosto do ano passado a primeira fase da Miragem, quando as rádios foram lacradas por falta de registro e o inquérito instaurado para investigar o caso provocou ordens de prisão e buscas que atingiram até a prefeitura de Marília, as residências e escritórios políticos do deputado estadual Abelardo Camarinha e seu filho, Vinícius Camarinha, que era prefeito da cidade na época.