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Protesto tem confronto e depredação; Temer aciona Forças Armadas

Protesto tem confronto e depredação; Temer aciona Forças Armadas

O dia nacional de protestos contra reformas e pela renúncia do presidente Michel Temer terminou em depredação, tumulto, conflitos e repressão com direito a uma ordem do presidente Michel Temer com a convocação das forças armadas.

A Polícia Militar estimou em 35 mil pessoas o número de manifestantes. Organizadores esperavam até cem mil pessoas. A manifestação durou pelo menos cinco horas e percorreu os dois lados da Esplanada, partindo do estacionamento do Estádio Mané Garrincha, no Eixo Monumental.

O presidente Temer emitiu um decreto com autorização de emprego das forças armadas para “garantia da lei e ordem”. Segundo o governo, a medida foi pedida pela direção da Câmara dos Deputados. O deputado Rodrigo Maia, presidente da Câmara, disse que pediu apoio de “forças federais”, como a guarda nacional.

No decreto, o presidente autorizou “o emprego das Forças Armadas para a Garantia da Lei e da Ordem no Distrito Federal, no período de 24 a 31 de maio de 2017. Parágrafo único. A área de atuação para o emprego a que se refere o caput será definida pelo Ministério da Defesa”.

Durante o protesto, houve momentos de violência, manifestantes encapuzados e repressão policial. Líderes sindicais fizeram discursos contra as reformas, enquanto manifestantes pediam o fim da corrupção e a saída do presidente Temer e protestavam contra o que consideram “retrocesso em direitos’.

Um grupo de cerca de 50 pessoas usando máscaras no rosto promoveu um quebra-quebra em meio à manifestação contra o governo do presidente Michel Temer em Brasília após a Polícia Militar dispersar parte do protesto com bombas de gás lacrimogêneo e de efeito moral.

O grupo destruiu persianas e vidraças de pelo menos cinco ministérios, entre eles o da Integração Nacional, o do Trabalho e o da Agricultura. Este último havia sido cercado por tapumes, mas, mesmo assim, teve os vidros quebrados.

Também foram depredados paradas de ônibus, placas de trânsito, orelhões, holofotes que iluminam os letreiros dos ministérios e até banheiros químicos que haviam sido instalados para a manifestação.

Em frente ao Ministério do Planejamento, no Bloco C da Esplanada dos Ministérios, o grupo de manifestantes mascarados ateou fogo em um orelhão e em cerca de 10 bicicletas de uso compartilhado.