Juventude Criativa de Marília será pioneira em projeto nacional de tecnologia para crianças

Uma base de projetos social da Azul Linhas Aéreas, um químico com formação internacional em tecnologia e a Juventude Criativa, entidade mais antiga de atendimento a crianças em Marília fez nesta sexta-feira a aula inaugural de um projeto piloto de formação em tecnologia para crianças que deve atingir bases da companhia em todo o país.

O programa vai qualificar 150 crianças com orientações de uso de informática e tecnologia com sistema que aproveita um videogame muito popular e traz para a cidade o modelo de formação Code For Kids, criado em 2013 nos Estados Unidos.

Nasceu a partir da experiência do químico Alessandro Pacheco, que identificou o envolvimento de todas as áreas de trabalho com tecnologia e a falta de informação. Busca dar às crianças  “fluência em tecnologia”, que é a capacidade de usufruir de recursos tecnológicos para produção, criação e comunicação.

Alessandro esteve na cidade nesta quinta-feira para promover qualificação a duas turmas de monitores que vão orientar as 150 crianças da Juventude Criativa, antiga Juventude Católica, para um programa que deve durar um ano e meio.

Os monitores são todos funcionários da Azul, que mantém um programa de ação social com bases em diferentes cidades do país onde a empresa atua. A proposta é levar a iniciativa para outras bases. O “teste” será o treinamento em Marília.

Voluntários e funcionários da Juventude Criativa também participaram da qualificação. A presidente da instituição, Mariângela Boro, a diretoria Valéria Evangelista e a coordenadora pedagógica  Alessandra  Marques de Oliveira acompanharam o treinamento.

“A tecnologia está muito presente em todas as atividades. Fui entender mais sobre isso e comecei a entender que dava para usar para ensinar, de forma lúdica, as crianças. Conheci a plataforma Code nos Estados. Em 2015 estive nos Estados Unidos, percebi que é um movimento muito novo”, explica Alessandro, que esteve na cidade com o filho, Luan Vitor Pacheco, 14, que como tantos adolescentes mostra muita facilidade em aprender e usar tecnologia e tornou-se colaborador na formação de monitores.

O projeto aproveita a popularidade do jogo Minecraft, um sucesso mundial que permite aos jogadores criar, explorar e desenvolver técnicas de sobrevivência no ambiente, sozinho ou com outros jogadores. Não envolve competição

“A proposta não é criar programadores. Dentro da lógica de tecnologia a gente trabalha iniciativa, atuação em equipe, respeito, liderança, superação com aulas dinâmicas”, diz Alessandro.