Trabalhadores da Metalúrgica Brunnschweiler, na zona norte de Marília, iniciaram nesta quinta-feira o segundo dia de paralisação em protesto contra atraso de salários na empresa.
A greve é resultado de uma crise estendida no relacionamento da empresa com os funcionários, segundo o Sindicato dos Metalúrgicos. São 80 funcionários, quase 20 deles em serviços externos. Outros 60 estariam participando da greve.
O presidente da entidade, Irton Siqueira Torres, disse que a primeira assembleia revelou atrasos de pagamento,de fundo de garantia, não cumprimento de abonos por dois meses consecutivos, média de horas extras e constantes atrasos de pagamento.
“No dia 13 de março fizemos assembleia colocando que eles estavam com salários de janeiro e fevereiro atrasados. No dia 14 a empresa recebeu diretores e pediu prazo para levantar valores e apresentar proposta”, diz o sindicalista.
Mas segundo Irton a situação não mudou. Os trabalhadores fizeram protestos com paralisações temporárias de atividades, por uma hora e meia. Segundo o Sindicato, não foi pago saldo do salário de abril, o salário de maio e o vale salarial de junho, cujo prazo venceu na quarta-feira.
“São praticamente dois meses sem dinheiro para orçamento familiar. Ontem como havia a assembleia, todos os documentos, os trabalhadores resolveram fazer a paralisação”, diz Irton Siqueira.