Em uma das suas mais celebres frases, Glauber Rocha dizia: “Sou um artista, não me exijam coerência”. O Glauber foi sim realmente um artista, um visionário e revolucionário da sétima arte brasileira, quando junto com outros diretores como o Nelson Pereira dos Santos, o Ruy Guerra, o Cacá Diegues…criaram na década de 1950, o Cinema Novo.
Há alguns dias, o ator Fábio Assunção foi detido visivelmente alterado em Pernambuco, após uma confusão e desacato a autoridade. Pagou fiança e foi liberado. O Assunção é um ator sem comparação com um Marcos Palmeira por exemplo em talento e noticiários e o que dirá com um Glauber Rocha, que não era ator e sim Diretor. Porém, ambos são artistas e, portanto, exemplos para a sociedade.
Não vejo mais as novelas da Globo e tão pouco tenho vontade de buscar os filmes com o Fábio Assunção. Na verdade, ele chama mais a atenção pelo seu histórico com o uso de drogas do que pelo seus trabalhos como ator. Já o Glauber era um gênio atrás das câmaras e ficou imortalizado com filmes como: Terra em transe ou Deus e o Diabo na Terra do Sol. Ele com razão não tinha coerência e seus trabalhos no cinema justificavam a falta dela. Já o Assunção tem que ter muita coerência com os seus atos até porque, seus trabalhos não são lá essas coisas e logo ele entrará para o ostracismo sem um grande nome.
Todos têm suas escolhas e suas consequências não importando a sua profissão. Os nossos atos nos permitem ir e vir, ganhar ou perder, termos sucessos ou fracassos e com esses atos, teremos muito que pagar ou receber. Em tempos tão complicados é muito melhor receber do que pagar, mesmo porque, se não pagamos pelos nossos atos aqui, pagaremos para Deus e a conta será muito maior. Ou seja, é melhor não abusar e lembrarmos que estamos aqui só de passagem.
A prisão do Fábio Assunção nos serve de lição e alerta para mostrar que ninguém está imune a lei seja quem for e temos sim que pagar pelos nossos atos e como ele é um artista, focar mais na sua carreira, e não esquecer que não podemos ficar marcados muito mais pelos nosso erros do que pelos acertos.