Marília

Multas, prazo curto e impasse sobre entulho; veja interdição de aterro

Multas, prazo curto e impasse sobre entulho; veja interdição de aterro

A Prefeitura de Marília ganhou prazo de três dias para limpar a área de despejo de lixo para transbordo, deve levar duas multas por novas irregularidades em aterro e não tem onde colocar o entulho que produzir nesta quarta-feira.

Terminou assim a operação especial da Secretaria Estadual do Meio Ambiente para interdição do despejo irregular de resíduos em Marília. O secretário estadual Ricardo Antunes acompanhou pessoalmente na tarde desta terça a equipe de interdição da Cetesb no local.

Uma placa da Cetesb na porta do aterro oficializou o interdição do despejo de entulho. A prefeitura deverá deslocar mais uma máquina para limpar o terreno do transbordo.

E pode tentar ainda uma saída política nesta quarta: o governador Geraldo Alckmin deve estar na cidade para início dos serviços na rodovia SP-333, privatizada. A Prefeitura deve tentar mais prazo ou recursos para investimentos no setor.

VISTORIA


Secretário Estadual Ricardo Salles (centro), com prefeito Daniel Alonso (dir) e Geraldo Amaral, da Cetesb

O secretário estadual Ricardo Salles foi recebido no aterro pelo secretário municipal de Limpeza e Meio Ambiente, Ricardo Mustafá, que pediu prazo e conseguiu evitar a interdição imediata do depósito de lixo para transbordo.

Ele terá três dias, até sexta-feira, para a limpeza completa do terreno. Na segunda-feira precisa iniciar obras de impermeabilização do espaço e cobertura do lixo. Se a limpeza falhar ou a obra atrasar, o depósito será interditado.

A visita do secretário, acompanhado por uma equipe da Cetesb, rendeu ainda duas multas para a cidade: fogo no depósito de entulho e lixo hospitalar misturado ao lixo doméstico. A Cetesb não divulgou valores das autuações.

Mustafá ganhou prazo extra com justificativa de que a cidade passou seis meses adequando uma situação caótica deixada pela administração anterior.

Sem receber, a empresa Monte Azul, responsável pelo transbordo do lixo para aterros em cidades vizinhas, passou meses sem recolher. O espaço ganhou uma montanha de lixo. Mustafá mostrou fotos ao secretário, que reverteu a decisão.

ATERRO

O prefeito Daniel Alonso chegou ao local no final da vistoria. Reafirmou compromisso de cumprir o prazo e disse que a cidade vai acelerar planejamento e medidas para regularizar o aterro sanitário.

Apontou duas possibilidades: um ultimato para a empresa Revita, que anunciou a construção de um aterro privado na cidade, ou a discussão para obra em consórcio com prefeituras da região.

Mas tanto Daniel quanto Mustafá admitiram uma situação crítica: a cidade não tem área para jogar entulho. Os 27 donos de empresas de caçambas deverão ser chamados para discutir uma alternativa.

Apenas uma informação foi divulgada como certa tanto pela Secretaria Municipal quanto pela Cetesb: depósito ilegal de entulho vai render multas para os responsáveis.