Marília

Câmara adia votação e área para Sesc vive impasse em Marília

Câmara adia votação e área para Sesc vive impasse em Marília

A Câmara de Marília adiou nesta quinta-feira votação de um projeto de lei da prefeitura que tenta prorrogar por mais dois anos o prazo de início de obras do Sesc em Marília, em área comprada pela prefeitura para abrigar o órgão.

Os vereadores argumentam que faltam informações sobre os motivos de atraso na obra, aprovada desde 2011 e que já sofreu uma prorrogação de prazo a pedido do órgão.

O Sesc prevê ocupar um espaço de 51000 m² de área em Marília, dos quais 30000m² seriam destinados a estruturas de educação, lazer, esportes e prestação de serviços.

O projeto da obra estaria pronto e o prazo de dois anos para início da construção teria sido acertado em São Paulo pelo prefeito Daniel Alonso com a direção do Sesc. Para a Câmara, o prazo é muito grande. Já há uma emenda para que o Sesc seja obrigado a iniciar a construção em um ano.

“Eu votei a favor dessa doação em 2011 no meu primeiro mandato. No segundo mandato votei a favor de uma prorrogação. Agora no terceiro mandato temos outro pedido de prorrogação sem início das obras”, disse o presidente da Câmara, Wilson Damasceno (PSDB).

O vereador disse que pode até ser negociado um prazo amplo para a conclusão, mas que é preciso começar a obra e mostrar comprometimento com o projeto. “Foi aprovado em 2011 e hoje ainda não tem um tijolo colocado.”


Pedro Pavão (centro), do Sindicato do Comércio, acompanha sessão que adiou votação sobre área do Sesc – Will Rocha/Divulgação

O projeto e a emenda deveriam ter sido votados na quinta, mas um pedido de vistas para análise e discussão adiou a decisão por cinco dias úteis. Como a Câmara está em recesso, o projeto só deve retornar para votação em agosto. Damasceno disse que o prazo será usado para estudos para ouvir o Sesc.

“Com certeza, vamos ouvir o Sesc ou o Pedro Pavão (presidente do Sindicato do Comércio Varejista), que é o interlocutor do Sesc nos contatos com a cidade.”

Pavão criticou o adiamento da votação e disse que alguns vereadores “não sabem com o que estão brincando”. Ele creditou a decisão à fala de informação sobre o que é o projeto, o investimento e o trabalho do Sesc e não descartou prejuízos ao investimento.

“Tudo é possível. E quem pode perder 100% é a cidade. Esse é um projeto de R$ 30 milhões, R$ 40 milhões, que o Sesc não faz em cidades com 240 mil habitantes.”

Segundo Pavão, o Sesc será um projeto para atender toda a população, com muitos benefícios para os comerciários e suas famílias. Ele disse ainda que a partir da prorrogação do prazo o projeto de construção deve ser apresentado na cidade em 30 dias.