Uma operação policial deflagrada nesta terça-feira movimenta agentes em nove estados, incluindo cidades de São Paulo, para conter o avanço do jogo baleia azul, que oferece 50 desafios a jovens e incentiva suicídio.
Os agentes identificaram pelo menos 40 vítimas que já teria sido cooptadas pela internet para jogarem e mostravam marcas no corpo. Alguns dos desafios envolvem promover cortes na pele para formar o desenho da baleia azul.
A operação também prendeu no Rio de Janeiro um homem que confessou ter aliciado pelo menos 30 jogadores. Para garantir que as vítimas permanecessem no jogo, o homem fazia ameaças de morte a elas e a membros de sua família.
A Delegacia de Repressão a Crimes de Informática da Polícia Civil do Rio começou a monitorar as redes sociais e encaminhou ofícios a escolas e postos de saúde para que fossem reportados casos de automutilação envolvendo menores de idade.
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Além do mandado de prisão contra o homem, policiais cumprem 24 mandados de busca e apreensão em nove estados. Segundo a Polícia Civil, o homem abordava as vítimas nas redes sociais e apresentava 50 desafios, incluindo automutilação e, por fim, o suicídio.
O jogo Baleia Azul não existe oficialmente. Não tem endereço na internet, redes sociais ou qualquer outra forma de registro. É uma iniciativa de”curadores” que incentivam jovens a cumprir desafios macabros.
“Esse rapaz que foi preso, nós já tínhamos materialidade suficiente para pedir a prisão dele. Ele já confessou que era curador, que tinha influenciado 30 vítimas, mas temos nos autos cerca de 40 vítimas”, disse a delegada-assistente Fernanda Fernandes.
