Marília

Palanque virtual – Em vídeos, Daniel e Vinícius sobem tom de ataques políticos

Palanque virtual – Em vídeos, Daniel e Vinícius sobem tom de ataques políticos

O palanque virtual segue armado. Quase um ano depois da eleição em que o empresário Daniel Alonso (PSDB) venceu as eleições para prefeitura de Marília, a divulgação de vídeos com ataques voltou a movimentar debate político na cidade e o tom das críticas subiu.

Nos dois lados, além de pouca informação sobre as polêmicas que provocam os ataques, os vídeos guardam ataques com apelo emocional. Vai de acusações de “autoritarismo e perseguição” a comparação entre “luz e trevas”.

O uso das redes sociais, até a posse do prefeito eleito, em janeiro, atravessou onda de calmaria, quebrada pelo ex-prefeito Vinícius Camarinha no dia 10, com um vídeo sobre banco de horas de agentes de saúde.

Em vídeo, Vinícius acusou “postura autoritária” e disse que um trabalhador foi “ameaçado e humilhado” pela administração e lançou desafio direto ao prefeito. “Prefeito, você tem tomado postura de perseguir as pessoas. Se for ter esta postura, tome-a contra mim”, disse o ex-prefeito.

A resposta nas redes sociais saiu no dia 18 de julho. Daniel publicou vídeo chamado de “luz x trevas” em que reclama de que “lamentavelmente estamos sendo covardemente atacados pelo grupo da família Camarinha”.

“O que ouço nas ruas é: Daniel, Deus abençoe sua gestão. Essas pessoas estão na luz. Agora ao mesmo tempo estas outras que atacam covardemente o governo Daniel atacam amaldiçoando e se amaldiçoam estão nas trevas.”

No dia 20 de julho, Vinícius voltou às redes com vídeo sobre o vale alimentação dos servidores aposentados, cancelado por ordem do STF (Supremo Tribunal Federal), em ação provocada pela prefeitura.

“Achei um ato de muita injustiça, desumano, do prefeito Daniel Alonso ter retirado a cesta básica dos nossos aposentados”, diz o ex-prefeito em mensagem sobre uma campanha de arrecadação de alimentos para estes servidores.

A briga virtual rendeu até agora duas medidas práticas: um pedido de investigação sobre eventual assédio moral a servidor e uma sindicância que vai investigar responsabilidades pelo pagamento em dobro aos agentes de saúde.

Delas podem ser medidas judiciais com efeito para os cofres públicos ou eventuais punições a agentes políticos de ambos os lados. Fora disso, os vídeos seguem como palanque eleitoral. A campanha de 2016 acabou, a próxima está no ar.
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