Os cirurgiões Marcos Pagani Júnior e Samuel Gregorio do HBU (Hospital Beneficente Unimar) participaram de um treinamento e aperfeiçoamento em uma nova técnica operatória que permite melhores resultados no tratamento de hemorroidas.
O novo procedimento permite tratar a hemorroida com pouca ou nenhuma dor e preservando o máximo de tecido hemorroidário, importantes na sensação anal e continência fecal. Os cirurgiões participaram de procedimentos realizados pelo professor doutor Carlos Mateus Rotta, referência nacional nesta técnica que generosamente, compartilhou sua experiência pessoal e aperfeiçoamento da técnica desenvolvida por Ratto et al em Roma, Itália.
A desarterialização hemorroidária transanal guiada por doppler é uma técnica criada em 1995 e aperfeiçoada ao longo dos últimos anos. A técnica consiste na introdução de um pequeno aparelho de doppler (ultrassom) no ânus para identificação das artérias hemorroidárias.
Por meio de uma pequena agulha essas artérias são suturadas de modo a reduzir o fluxo de sangue que chega nas regiões onde existem as hemorroidas. Chegando menos sangue, a pressão dentro das hemorroidas diminui, fazendo com elas “sequem”. A técnica não tem cortes e corrige também o prolapso (exteriorização) hemorroidário.
O pós-operatório é menos doloroso que nas técnicas com cortes e há baixo índice de recidivas (retorno) das hemorroidas. O tempo de recuperação é mais curto e o paciente consegue voltar às atividades normais em dois a três dias. Este procedimento é relativamente novo, porém, a tendência é que se transforme no método de eleição no tratamento das hemorroidas.
O HBU, mais uma vez acompanhando a evolução da ciência médica já está preparando sua equipe para que tais procedimentos se tornem mais uma solução para os pacientes que procuram a instituição.
ENTENDA
Hemorroidas são veias dilatadas e inflamadas no ânus e reto, que podem causar dor, coceira e sangramento anal. A hemorroida pode ser interna, quando ela fica escondida dentro do reto, ou externa, quando ela é facilmente identificada ao redor do ânus. O tratamento depende de diversos fatores, podendo ser desde simples pomadas até cirurgia.
O que aflige e até desencoraja a maioria dos pacientes a procurar tratamento especializado é a dor pós-operatória. Por este motivo existe um grande empenho e investimento por parte dos cirurgiões e da indústria no desenvolvimento de novas técnicas e tecnologias que permitam o mesmo resultado da cirurgia convencional com mínima ou nenhuma dor.