A Sociedade Brasileira de Cardiologia divulgou novas diretrizes de acompanhamento dos riscos de doenças cardíacas com orientações para reduzir os parâmetros de taxas de colesterol indicadas como seguras e reduziu os limites aceitos.
A página da organização na internet divulga ainda informações de suporte – incluindo um cardiômetro, que indica volume de mortes por doenças cardiovasculares e um aplicativo para calcular os riscos de danos coronarianos.
O controle do LDL, chamado de “colesterol ruim”, em pacientes incluídos na faixa de altíssimo deverá manter a taxa abaixo de 50 miligramas por decilitro de sangue. Antes, bastava ficar abaixo de 70.
São casos de pacientes com histórico de infarto ou derrame ou que sofreram amputação por doença na artéria, por exemplo. Pacientes que não possuem fatores de risco devem manter taxa abaixo de 130.
Segundo estudo da entidade, que reúne especialistas de todo o país, 67% dos brasileiros desconhecem que têm taxas altas de colesterol.
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As taxas de colesterol total seguras também foram alteradas: de 200 para 190. O nível de “colesterol bom” (HDL) aceito caiu de 60 para 40.
O “cardiômetro”, um painel que contabiliza mortes por doenças cardíacas no país, indica 215 mil óbitos neste ano. A Sociedade de Cardiologia lançou um aplicativo que permite calcular risco coronariano com base em informações sobe condição física e as taxas de glicemia, pressão e colesterol. O indicador acompanhado por um alerta sobre os riscos das doenças cardíacas.
“No período de 2004 a 2014, foram responsáveis por 3.493.459 óbitos, 29% do total, uma morte a cada 40 segundos em nosso meio. As doenças cardiovasculares causam o dobro de mortes que aquelas devidas a todos os tipos de câncer juntos, 2,3 vezes mais que as todas as causas externas (acidentes e violência), 3 vezes mais que as doenças respiratórias e 6,5 vezes mais que todas as infecções incluindo a AIDS”, diz a página.
O aplicativo, destinado preferencialmente a médicos, pode ser acessado pela página especial para campanha da SBC de controle do colesterol.
