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Nordestina e negra vence o Miss Brasil e sofre ataques racistas

Nordestina e negra vence o Miss Brasil e sofre ataques racistas

A eleição de uma candidata nordestina e negra como Miss Brasil 2017 provocou uma enxurrada de comentários racistas em nova onda de intolerância nas redes sociais.

Monalysa Alcântara, 18 anos, estudante de administração, foi a terceira negra a vencer o concurso, coroada neste sábado em disputa realizada em Ilhabela, no litoral paulista.

Candidata do Piauí, ela venceu outras 26 misses estaduais. Na tradicional fase de perguntas, evitou os discursos de paz disse que vai ” ajudar as mulheres negras a se acharem mais bonitas e mostrar que elas são capazes de seguirem seus próprios sonhos, assim como eu segui o meu”.

A candidata afirmou que sua estratégia para vencer era “ser eu mesma: uma mulher nordestina, que passou por diversas coisas, muitas dores que fizeram ser quem eu sou hoje. Vou ser eu mesma. Não tem segredo.”

A escolha causou polêmica, havia forte torcida para a Miss Rio Grande do Sul, mas algumass reações descambaram para o preconceito.

“Credoooo! A Miss Piauí tem cara de empregadinha, cara comum, não tem perfil de miss, não era pra tá aí”. “Eu to de cara! Miss RS tem inglês fluente, ai vem a Miss Piaui se vitimizar e ganha o concurso, ME POUPE!” foram alguns dos comentários em redes sociais.