Marília

Mariliense vive em cidade alagada por furacão e fala de tempestade nos Estados Unidos

Mariliense vive em cidade alagada por furacão e fala de tempestade nos Estados Unidos

O chef de cozinha Rogério Bravos, um mariliense radicado nos Estados Unidos, está vivendo boa parte do drama enfrentado pela passagem do furacão Harley pelo Texas, estado na costa norte-americana ao lado do golfo do México.

Rogério mora atualmente em Houston, cidade que ficou alagada depois da passagem do furacão com uma tempestade tropical que encheu canais que cortam a cidade. Há dezenas de casas destruídas, carros que precisaram ser resgatados e relatos de pelo menos seis mortes.

O mariliense está bem, a família e o condomínio onde vivem também. Não há inundações na sua casa. Mas as ruas pelas quais precisa passar para cuidar de assuntos cotidianos estão alagadas. O restaurante e muitas outras empresas não funcionam. “Está tudo fechado.”

Uma loja da rede Walmart em frente ao condomínio onde mora fechou. Há poucos supermercados abertos, muitas filas, espera e pouco abastecimento. Segundo Rogério, desde final de 2004 ate começo de 2016 convive com alertas de fortes tempestades e tornados, mas nunca com tanto impacto.

“O condomínio em que eu moro não está alagado, mas as ruas por onde você anda estão. As minhas maiores dificuldades são encontrar supermercados abertos. Hoje pela manha  fiquei mais de duas horas esperando para entrar. Já não tinha mais nada nas prateleiras: água, pães, pilhas, enlatados, bebidas alcoólicas”, disse ao Giro Marília.

Ele conta que os alertas na TV são constantes, com pedidos para que a população evacue áreas demarcadas. Acredita-se que apenas na quinta-feira a situação esteja mais próxima da normalidade. “Mas a minha região ainda está bem. A cidade e muito velha. Há construções e reformas nas ruas e rodovias por todo lado”, conta.

Os canais que cruzam a cidade e seus subúrbios começaram a ceder na noite de sábado por conta das chuvas fortes. Na manhã de domingo, o Serviço Nacional Meteorológico dos Estados Unidos emitiu um alerta de “consequências desconhecidas e vão além de tudo o que já presenciamos”. Segundo a Cruz Vermelha norte-americana pelo menos 1.800 pessoas foram atingidas em refúgios no interior do Texas e da Luisiana.

O Harley tocou a terra na noite de sexta-feira com categoria 4 e destruiu casas e barcos no litoral. Foi o furacão mais forte a chegar aos Estados Unidos desde o Wilma em 2005.