Mulher

Escritora denuncia estupro por motorista de Uber e critica sistema policial

Escritora denuncia estupro por motorista de Uber e critica sistema policial

A escritora Clara Averbuck. 38, ganhou as redes sociais e mídia nesta terça-feira com um relato de violência e descrédito com o sistema policial e jurídico do país. Clara revelou em postagem um caso de violência sexual cometido por um motorista do Uber em São Paulo, onde a escritora gaúcha vive.

Além da postagem, ela divulgou vídeo em que mostra um olho roxo e ferimento na testa que teriam sido provocados durante sua reação à agressão. Clara disse ainda que decidiu não apresentar queixa à polícia por não acreditar no sistema policial.

“Essa decisão é minha, não confio no sistema, já fui mil vezes na delegacia, já levei mulheres lá, já vi o tratamento que é dado. B.O. não é um documento mágico do Harry Potter que vai te defender. Não significa que vão prender o cara.”

A escritora disse que contratou uma viagem do Uber para ir à sua casa à noite. “Bom, virei estatística de novo. Queria chamar de ‘tentativa de estupro’, mas foi estupro mesmo”, escreveu Clara. “Tava bêbada? Tava. F*-se. Não vou incorrer no mesmo erro de quando eu era adolescente e me culpar. Fui violada de novo, violada porque sou mulher, violada porque estava vulnerável e mesmo que não estivesse poderia ter acontecido também”, disse.

Segundo Clara, o motorista “aproveitou meu estado, minha saia, minha calcinha pequena e enfiou um dedo imundo em mim”. Ela diz que foi derrubada no chão pelo motorista quando tentou reagir.

A escritora defendeu ainda que a violência sexual pode partir de pessoas próximas, lembrou que muitas vezes acontece dentro de casa. “O mundo é um lugar horrível pra ser mulher”, disse na postagem.