Marília

MP derruba outro assessor na prefeitura em meio a série de investigações

MP derruba outro assessor na prefeitura em meio a série de investigações

Luiz Renato de Lara, assessor de gabinete do prefeito Daniel Alonso, divulgou pelas redes sociais nesta sexta-feira seu desligamento da administração. A saída é resultado da terceira recomendação oficial do Ministério Público para que o prefeito Daniel Alonso revogue nomeação de assessores por suspeitas de irregularidades técnicas nas nomeações.

Segundo ofício assinado pelo promotor Oriel da Rocha Queiroz, Curador de Defesa do Patrimônio Público em Marília, Lara não poderia ter sido nomeado por estar envolvido em ações judiciais com condenação por crimes da lei de entorpecentes.

Antes do assessor, as recomendações do MP já provocaram as saídas de Ademar Aparecido de Jesus, ex-coordenador de gestão de Resíduos Sólidos, e Kedney Simão, ex-diretor do Observatório de Segurança.

As recomendações são resultados de representações formais apresentadas à promotoria, que são denúncias de pessoas ou organizações com indicação de irregularidades a serem investigadas.

As representações provocam os chamados inquéritos civis, investigações conduzidas pelos promotores e que podem resultar em ações judiciais contra os acusados. A representação de que Kedney ocupava cargo sem formação exigida já provocou uma ação civil pública, que está em fase inicial de defesa da prefeitura

A gestão de Daniel Alonso já é alvo de pelo menos sete inquéritos civis em oito meses de administração. Além das nomeações polêmicas, o prefeito responde a duas representações para investigação de danos ambientais e até um caso representado por um vereador da base governista contra as mudanças no serviço de transporte público.

Nenhuma delas trata de escândalos financeiros, como pagamentos indevidos a empresas ou rombos milionários nos cofres públicos, ainda que as nomeações irregulares envolvam acusação de danos ao erário por pagamento indevido de salários.

Mas a transformação das investigações em ações podem representar obstáculos à administração: demandam dedicação na defesa, perda de tempo com os processos e na maioria dos casos pedidos de suspensão dos direitos políticos.