Um grupo de aproximadamente 70 manifestantes acompanhou na noite desta segunda-feira a sessão da Câmara de Marília para um protesto em defesa do padre Edson de Oliveira Lima, condenado à prestação de serviços por ofensas contra o ex-prefeito Vinícius Camarinha.
Os manifestantes levaram faixas e cartazes para defender a liberdade de expressão, a atuação comunitária do padre e pedir que ele seja absolvido em recursos na Justiça. O grupo ocupou boa parte da galeria destinada à população.
Vereadores reagiram com mensagens de apoio e a presença do grupo foi inscrita na ata da sessão. Participaram militantes de movimentos religiosos e fiéis moradores de diferentes regiões da cidade.
Andréia Rosseto, uma das organizadoras, disse que a manifestação reuniu pessoas que sentem-se “injustiçados” com a condenação do padre. “Esperamos deixar claro que o Padre Edson não está sozinho, Que estamos com ele nesta luta”, disse Andréia.
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A organizadora disse que ainda não estão definidos novos passos de manifestação mas afirmou que o grupo pretende acompanhar o caso até o final. O padre já recebeu diferentes manifestações de apoio após a condenação.
Em resposta à manifestação, o padre divulgou uma mensagem de agradecimento e disposição para manter o que considera ser defesa da comunidade. “Manifestação de apoio e demonstração de afeto muito singular. Obrigado, amigos, irmãos e Paróquia Sagrada Família. Serei condenado tantas quantas vezes for necessário, mas jamais esquecerei que a justiça e a dignidade devem ser bandeiras mais do que opções pessoais, decorrências da vida cristã e de quem deseja que o Evangelho seja nosso manual e nosso guia de vida.”
Edson foi condenado a oito meses em regime aberto, convertidos em prestação de serviços, por uma manifestação durante protesto contra projeto de terceirização do Daem. Em discurso, ele teria chamado o ex-prefeito de “safado”, “ladrão” e “mentirinha”.
